quinta-feira, 4 de setembro de 2014

A INVENÇÃO DE UM MITO POLÍTICO

Ou:

O gaúcho Pateta, dos estúdios Walt Disney




A partir de 1941, os estudios Disney se envolveram com o Departamento de Estado do Governo Roosevelt para fins de investida comercial na América do Sul. Os mercados europeus estavam fechados pela guerra, assim, os EUA precisavam de parceiros comerciais na própria América, bem como em fazer aliados e estreitar relações com os governos do Brasil e da Argentina, especialmente.

Disney foi usado para tais finalidades, por isso criou dois personagens para agradar os sulamericanos. Foram criados o Joe Carioca (Zé Carioca) e El Gaucho Goofy (Pateta Gaúcho), este já existia, mas foi redesenhado como um tipo cowboy dos pampas com a finalidade de fazer-se simpático ao povo argentino.

Como se vê, o uso político-comercial do gaucho (ou gaúcho) foi uma ideia anterior aos jovens estudantes do Colégio Júlio de Castilhos de Porto Alegre, quando, na década de 1950, resolveram dar um perfil mais definido ao “tipo ideal” (Weber) do Rio Grande do Sul.

Os jovens sulinos, representados basicamente por Paixão Cortes e Barbosa Lessa, estavam inventando uma tradição, como tantas outras que se criam mundo afora, à guisa de suporte de feitos heróicos para fins de coesão social, mitos políticos (comumente de direita, como Joana D'Arc na França) e mesmo meros produtos comerciais passíveis de virarem fetiches mercadológicos.

Vejam que a própria ideia já é de segunda mão, os rapazes do Julinho chegaram tarde ao mercado do gaucho. Disney chegou primeiro.


Texto copiado de Diário Gauche

quinta-feira, 10 de julho de 2014

A HISTÓRIA DA ÁGUA ENGARRAFADA





(ou um dos maiores golpes das indústrias de bebidas)
Depois do sucesso do vídeo A História das Coisas, Annie Leonard produziu um novo vídeo de conscientização ecológica: The Story of Bottled Water, no bom português se traduz como A História da Água Engarrafada.
A proposta de Annie, com este vídeo de oito minutos, é de estimular o consumo de água da torneira. Seu argumento baseia-se em pesquisas científicas que comprovaram que a água de garrafa muitas vezes tem menor qualidade do que a filtrada; testes de opinião pública mostram a água tratada como de "gosto mais puro" que a mineral; água armazenada em garrafas plásticas podem custar até 2 mil vezes mais que a água de torneira. Annie defende que a água é um bem de todos e não deveria ser comercializada. “O que eles vão vender depois, ar?”, ela se pergunta.

Dentre outros problemas com relação à água engarrafada está o lixo gerado pelo plástico das embalagens, já que 80% destas garrafas não são recicladas e acabam parando em lixões de países subdesenvolvidos. Só nos Estados Unidos mais de 500 milhões de garrafas de água são consumidas toda semana, o que permitiria dar mais de 5 voltas em torno do nosso planeta.

A ativista finaliza o vídeo dizendo que a solução é cobrar de políticos e órgãos públicos mais investimentos de infraestrutura para o tratamento da água e prevenção da poluição de rios e lagos, que segundo ela são poluídos pelas próprias indústrias que fabricam as águas engarrafadas. Confira aí:


Ou baixe aqui!

Copiei do blog Coluna Zero

quarta-feira, 9 de julho de 2014

ILHA DAS FLORES (Curta-metragem)


(35 mm, 12 min, cor, 1989)
(janela 1.33, som óptico mono)
"Um tomate é plantado, colhido, transportado e vendido num supermercado, mas apodrece e acaba no lixo. Acaba? Não. ILHA DAS FLORES segue-o até seu verdadeiro final, entre animais, lixo, mulheres e crianças. E então fica clara a diferença que existe entre tomates, porcos e seres humanos. " (Casa de Cinema de Porto Alegre)
Ilha das Flores é um filme de curta-metragem brasileiro, do gênero documentário, escrito e dirigido pelo cineasta Jorge Furtado em 1989, com produção da Casa de Cinema de Porto Alegre. O filme já foi acusado de "materialista" por ter, em uma de suas cartelas iniciais, a inscrição "Deus não existe". Mas a CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) concedeu ao filme o Prêmio Margarida de Prata, como o "melhor filme brasileiro do ano" em 1990. Em 1995, Ilha das Flores foi eleito pela crítica européia como um dos 100 mais importantes curtas-metragens do século. (!!!)

Prêmios
  • 17º Festival do Cinema Brasileiro, Gramado, 1989:
    Melhor filme de curta metragem (júri oficial, júri popular e prêmio da crítica), Melhor roteiro, Melhor montagem e mais 4 prêmios regionais (Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Roteiro e Melhor Montagem).
  • 40º International Filmfestival, Berlim, Alemanha, 1990:
    Urso de Prata para curta metragem.
  • Prêmio Air France, Rio de Janeiro, 1990:
    Melhor curta metragem brasileiro.
  • Prêmio Margarida de Prata (CNBB), Brasília, 1990:
    Melhor curta-metragem.
  • 3º Festival Internacional do Curta-metragem, Clermont-Ferrand, França, 1991:
    Prêmio Especial do Júri, Melhor Filme (Júri Popular).
  • American Film and Video Festival, New York, 1991:
    Blue Ribbon Award.
  • 7º No-budget Kurzfilmfestival, Hamburgo, Alemanha, 1991:
    Melhor Filme.
  • Festival International du Film de Region, Saint Paul, França, 1993:
    Melhor Filme.
  • Exibido na mostra "Os 10 Melhores curtas brasileiros da década de 80", no Cineclube Estação Botafogo, Rio de Janeiro, 1990.
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segunda-feira, 7 de julho de 2014

A HISTÓRIA DAS COISAS






Documentário de animação, EUA, 20min.; COR/. 

Direção: Fábio Gavi 


“A história das coisas” (The Story of Stuff) é um filme rápido (20 minutos), dinâmico e muito interessante. 






Trata do complexo sistema que vai da extração, passa pela produção, distribuição, consumo e acaba no tratamento do lixo. Segundo o documentário, esse sistema é muito mal explicado nos livros, que ignoram alguns aspectos importantes, como as pessoas que participam dessa engrenagem e os limites impostos pela natureza, por exemplo. 

A partir do filme, é possível compreender a relação estabelecida entre diversos problemas ambientais e sociais e a necessidade urgente de criarmos um mundo sustentável e justo. Como ponto central desse sistema analisado, o coração que o impulsiona, tem-se o consumo, amplamente incentivado após a Segunda Guerra Mundial. No mundo atual, quem não contribui para “a seta dourada do consumo” não tem valor. 

(Fonte: Secretaria da Educação do Paraná)

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