domingo, 27 de junho de 2010

Fundação de Roma

Loba alimentando Rómulo e RemoA fundação de Roma a 1 de Janeiro de 753 a. C. é, lendariamente, atribuída a Rômulo e Remo. Diz a lenda que quando Tróia caiu o príncipe troiano Eneias conseguiu salvar-se. Após uma longa peregrinação, chegou ao Lácio. Eneias ter-se-ia fixado junto ao rio Tibre, onde se casou com uma filha do rei Latino. O filho de Eneias fundou a cidade de Alba Longa. O tempo passou e os descendentes de Eneias reinavam em Alba. Um deles, Numitor, três séculos mais tarde, foi deposto e aprisionado por Amúlio, o seu irmão. Amúlio matou um sobrinho e, para que não houvesse descendência, colocou a sua sobrinha, Reia Silvia, num colégio de Vestais, transformando-a em Vestal. (virgindade perpétua)

Um dia, segundo a versão mais corrente da lenda, a jovem vestal teria ido buscar água para um sacrifício num bosque sagrado, junto ao rio Tibre, quando foi seduzida por Marte, deus romano da guerra, que a engravidou, tendo nascido desta união proibida dois gêmeos, Rômulo e Remo. Quando nasceram, foram abandonados numa cesta e atirados ao rio Tibre, a mando do seu tio Amúlio. Rômulo e Remo foram salvos por uma loba enviada por Marte, quando chegaram ao local da atual Roma. A loba criou-os juntamente com as suas crias, na sua gruta, no Lupercal, o que garantiu a sua sobrevivência. Depois, um casal de pastores, Fáustulo e Larência, encontrou-os e criou-os.

Gravuras romanas

Já adulto, Remo envolveu-se numa rixa com alguns pastores e foi conduzido a Amúlio. Informado por Fáustulo das circunstâncias do seu nascimento, Rômulo dirigiu-se ao palácio e libertou o irmão. Vingaram-se do tio, colocando, em seu lugar, Numitor, o seu avô, novo rei de Alba. Com isso, ganharam o direito de fundar uma cidade onde a loba os encontrou, que foi Roma, no ano de 753 a.C.


Rômulo, para demarcar o território da cidade, traçou em torno de Palatino um grande sulco circular, demarcando com uma charrua guiada por dois bois brancos. A terra remexida simbolizava uma muralha e o sulco simbolizava o fosso. Este sulco circular não era completamente fechado, apresentando interrupções onde seriam os portões da cidade. Mas Remo, para mostrar ao irmão que aquelas muralhas não valiam de nada, saltou por cima delas, ridicularizando a obra do irmão. Este, furioso, matou-o com golpes de espada, sendo este o sacrifício sangrento necessário para a fundação de Roma. Rômulo arrependeu-se, posteriormente, chorando a morte do irmão, mas o destino estava traçado. A rivalidade que sempre existiu entre os bairros da Roma antiga, Aventino e Palatino, é explicada pela divergência entre os dois irmãos, Rômulo e Remo.

Uma das entradas originais de Roma


Essa história é apenas uma lenda, mas existem informações verdadeiras. A primeira é que os fundadores de Roma criavam gado, conheciam metalurgia e praticavam a agricultura. Essas informações foram comprovadas pela arqueologia. A segunda informação é que Roma foi primeiramente uma Monarquia, e que o primeiro rei chamava-se Rômulo.

Obs: Texto editado a partir do original, encontrado no site português Diário Universal. Cique aqui para conhecer.

Os períodos da história de Roma

A história de Roma é dividida em três momentos:

  • Monárquico (753-509 a.C.);
  • Republicano (507-27 a.C.);
  • Imperial (27 a.C. – 476 d.C.).

Período Monárquico: o domínio etrusco

Muitas das informações sobre o período Monárquico fundamentam-se nas lendas contadas pelos romanos. Nessa época, a cidade deve ter sido governada por reis de diferentes origens; os últimos de origens etrusca, devem ter dominado a cidade por cerca de cem anos.

Durante o governo dos etruscos, Roma adquiriu o aspecto de cidade. Foram realizadas diversas obras públicas entre elas, templos, drenagens de pântanos e um sistema de esgoto.

Nessa época, a sociedade romana estava assim organizada:

  • Patrícios ou nobres: Descendentes das famílias que promoveram a ocupação inicial de Roma. Eram grandes proprietários de terra e de gado.
  • Plebeus: Em geral, eram pequenos agricultores, comerciantes, pastores e artesãos. Constituíam a maioria da população e não tinham direitos políticos.
  • Clientes: eram homens de negócios, intelectuais ou camponeses que tinham interesse em fazer carreira pública e que por isso recorriam à proteção de algum patrono, geralmente um patrício de posses.
  • Escravos: Eram plebeus endividados e principalmente prisioneiros de guerra. Realizavam todo o tipo de trabalho e eram considerados bens materiais. Não tinham qualquer direito civil ou político.

O último rei etrusco foi Tarqüínio, o Soberbo. Ele foi deposto em 509 a.C., provavelmente por ter descontentado os patrícios com medidas a favor dos plebeus.

No lugar de Tarqüínio, os patrícios colocaram no poder dois magistrados, chamados cônsules. Com isso, terminava o período Monárquico e tinha inicio o período Republicano.

Período Republicano

República é uma palavra de origem latina e significa “coisa pública”. Durante a passagem da monarquia para a república, eram os patrícios que detinham o poder e controlavam as instituições políticas. Concentrando o poder religioso, político e a justiça, eles exerciam o governo procurando se beneficiar.

Para os plebeus, sem direito à participação política, restavam apenas deveres, como pagar impostos e servir o exército.

Organização política e social na república

Na república, o poder que antes era exercido pelo rei foi partilhado por dois cônsules. Eles exerciam o cargo por um ano e eram auxiliados por um conselho de 100 cidadãos, responsáveis pelas finanças e pelos assuntos externos. Esse conselho recebia o nome de Senado, e a ele competia promulgar as leis elaboradas pela Assembléia de Cidadãos, dominada pelos patrícios.


Reprodução de uma sessão do Senado romano

À medida que Roma cresceu e se tornou poderosa, as diferenças entre patrícios e plebeus se acentuaram. Marginalizados, os plebeus desencadearam uma luta contra os patrícios, que se estendeu por cerca de dois séculos (V-IV a.C.)

Durante esses dois séculos, os plebeus conquistaram seus direitos. Entre eles, o de eleger seus próprios representantes, chamados tribunos da plebe. Os tribunos tinham o poder de vetar as decisões do Senado que fossem prejudiciais aos interesses dos plebeus.


Outras conquistas foram a proibição da escravização por dívidas e o estabelecimento de leis escritas, válidas tanto para os patrícios quanto para plebeus. Até então, em Roma, as leis não eram escritas e os plebeus acabavam julgados conforme os critérios dos patrícios. Estabelecendo as leis por escrito, os plebeus garantiam um julgamento mais justo.

Os plebeus conquistaram ainda a igualdade civil, com a autorização do casamento entre patrícios e plebeus; a igualdade política, com o direito de eleger representantes para diversos cargos, inclusive o de cônsul; e a igualdade religiosa, com o direito de exercer funções sacerdotais.

A estrutura do poder na República Romana

  • Cônsules: chefes da República, com mandato de um ano; eram os comandantes do exército e tinham atribuições jurídicas e religiosas.
  • Senado: composto por 300 senadores, em geral patrícios. Eram eleitos pelos magistrados e seus membros eram vitalícios. Responsabilizavam-se pela elaboração das leis e pelas decisões acerca da política interna e externa.
  • Magistraturas: responsáveis por funções executivas e judiciária, formadas em geral pelos patrícios.
  • Assembléia Popular: composta de patrícios e plebeus; destinava-se a votação das leis e era responsável pela eleição dos cônsules.
  • Conselho da Plebe: composto somente pelos plebeus; elegia os tributos da plebe e era responsável pelas decisões em plebiscitos (decretos do povo).

A expansão das fronteiras romanas

Iniciado durante a República, o expansionismo romano teve basicamente dois objetivos: defender Roma do ataque dos povos vizinhos rivais e assegurar terras necessárias à agricultura e ao pastoreio. As vitórias nas lutas conduziram os romanos a uma ação conquistadora, ou seja, a ação do exército levou à conquista e incorporação de novas regiões a Roma. Dessa forma, após sucessivas guerras, em um espaço de tempo de cinco séculos, a ação expansionista permitiu que o Império Romano ocupasse boa parte dos continentes europeu, asiático e africano.

O avanço das forças militares romanas colocou o Império em choque com Cartago e Macedônia, potências que nessa época dominavam o Mediterrâneo. As rivalidades entre os cartagineses e os romanos resultaram nas Guerras Púnicas (de puni, nome pelo qual os cartagineses eram conhecidos).

As Guerras Púnicas desenvolveram-se em três etapas, durante o período de 264 a 146 a.C. Ao terminar a terceira e ultima fase das Guerras Púnicas, em 146 a.C., Cartago estava destruída. Seus sobreviventes foram vendidos como escravos e o território cartaginês foi transformado em província romana. Com a dominação completa da grande rival, Roma iniciou a expansão pelo Mediterrâneo oriental (leste). Assim, nos dois séculos seguintes, foram conquistados os reinos helenísticos da Macedônia, da Síria e do Egito. No final do século I a.C., o mediterrâneo havia se transformado em um “lago romano” ou, como eles diziam, Mare Nostrum(“nosso mar”).

Período de instabilidade política

Com o fim das Guerras Púnicas, em 146 a.C., iniciou-se um período de intensa agitação social. Além dos escravos, povos da Península Itálica também se revoltaram, só que exigindo o direito à cidadania romana. A expansão das conquistas e o aumento das pilhagens fortaleceram o exército romano, que então se colocou na luta pelo poder. Assim, esse período ficou marcado por uma acirrada disputa política entre os principais generais, abrindo caminho para os ditadores.

Essa crise se iniciou com a instituição dos triunviratos ou triarquia, isto é, governo composto de três indivíduos. O Primeiro Triunvirato, em 60 a.C., foi composto de políticos de prestigio: Pompeu, Crasso e Júlio César. Esses generais iniciaram uma grande disputa pelo poder, até que, após uma longa guerra civil, Júlio César venceu seus rivais e recebeu o título de ditador vitalício.

Durante seu governo, Júlio César formou a mais poderosa legião romana, promoveu uma reforma político-administrativa, distribuiu terras entre soldados, impulsionou a colonização das províncias romanas e realizou obras públicas.

O imenso poder de César levou os senadores a tramar sua morte, o que aconteceu em 44 a.C. Os generais Marco Antonio, Lépido e Otávio formaram, então, o Segundo triunvirato, impedindo que o poder passasse para as mãos da aristocracia, que dominava o Senado.

A disputa pelo poder continuou com o novo triunvirato. Em 31 a.C., no Egito, Otávio derrotou as forças de Marco Antônio e retornou vitorioso a Roma. Fortalecido com essa campanha, Otávio pôde governar sem oposição. Terminava, assim, o regime republicano e iniciava o Império.


Obs: Texto copiado na íntegra do site SÓ HISTÓRIA. Clique aqui e conheça!


terça-feira, 22 de junho de 2010

Viajando Pela Copa 2010

Aqui algumas imagens do trabalho sobre a Copa do Mundo apresentado em 19 de junho!




Atlântico Negro - Na rota dos orixás


ATLÂNTICO NEGRO - NA ROTA DOS ORIXÁS
País de Origem: Brasil
Ano: 1998
Duração: 75min
Diretor: Renato Barbieri.


Um relato realista e comovente das relações entre Brasil e África inspirou o videomaker Renato Barbieri e o historiador Victor Leonardi a criar uma série de quatro documentários chamada Atlântico Negro.

O primeiro filme da série, feito em vídeo, Na Rota dos Orixás, entrou em cartaz depois de ser elogiado no 31º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e de participar de eventos como o Dia Nacional da Consciência Negra.

Na Rota dos Orixás apresenta a grande influência africana na religiosidade brasileira. Na fita, Renato Barbieri mostra a origem das raízes da cultura jêje-nagô em terreiros de Salvador, que virou candomblé, e do Maranhão, onde a mesma influência gerou o Tambor de Minas.

Um dos momentos mais impressionantes deste documentário é o encontro de descendentes de escravos baianos que moram em Benin, um país africano desconhecido para a maioria do brasileiros, mantendo tradições do século passado.

Retirado parcialmente das páginas do Terra.

Obs: o vídeo está disponível no Youtube, dividido em partes.
Caso tenhas alguma dúvida quanto a qualidade do documentário, dê uma olhada neste link para ver a quantidade de prêmios que os caras ganharam!