terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Sete Povos da Missões

Sete Povos da Missões ou Missões Orientais são sete aldeamentos habitados antigamente pelos indígenas e fundado pelos jesuítas na região que é hoje o estado do Rio Grande do Sul. Faziam parte as seguintes missões:
  1. São Francisco de Borja
  2. São Nicolau
  3. São Miguel Arcanjo
  4. São Lourenço Mártir
  5. São João Batista
  6. São Luiz Gonzaga
  7. Santo Ângelo Custódio

A redução de São Nicolau foi a primeira a ser fundada, no ano de 1626, mas só foi em 1687 que as instalações permanentes foram inauguradas. Este espaço de tempo deve-se a fuga devido aos ataques dos bandeirantes. A população que compunha a missão se abastecia principalmente do gado. Foi a maior missão dos Sete Povos e registros indicam que no ano de 1732 haviam 7.751 índios. Este número de índios foi somente os que estavam na sede, acredita-se que existiam muito mais.

São Miguel de Arcanjo foi a segunda redução a ser construída a partir de 1687 pelos guaranis. Contava no ano de 1732 com 4.589 indígenas.

A missão de São Francisco de Borja foi fundada em 1682 e é localizada mais ao sul do que os demais povos. Ela é tão importante que pode ser considerada como a primeira missão, mesmo cronologicamente tendo sido a terceira. Isso se deve ao fato de que ao ser fundada deu-se inicio ao processo evangelizador das missões jesuítas no Rio Grande do Sul.

São Luiz Gonzaga foi fundada em 1687 e contava com 6.182 índios que habitavam a região rodeada pelos rios Uruguai, Ijuí e Piratinim. Em 1690 foi fundada a missão de São Lourenço que ficava localizado a margem esquerda do rio Uruguai e contava com 6.513 indígenas. Sete anos depois foi instalada a missão de São João Baptista que contava com 5.274 índios somente na área urbana. A última missão a ser instalada foi a de Santo Ângelo Custódio, no ano de 1706 e por sua vez contava com 5.085 índios.

O declínio dos Sete Povos começou durante o século XVIII. A região estava sendo disputada entre os espanhóis e portugueses. Ficou acertado através do Tratado de Madri, firmado em 1750, que Portugal trocaria a Colônia de Sacramento (para os espanhóis) pela região em disputa, desde que os espanhóis retirassem os jesuítas. O problema é que ninguém queria sair, nem os jesuítas, nem os índios e até mesmo os portugueses, que não queriam deixar Sacramento.

Sepé Tiaraju, indio guaraní: "Co ivi oguereco iara" (Esta terra tem dono)

A 7 de fevereiro de 1756, tombava em combate contra portugueses e espanhóis, na resistência à invasão dos Sete Povos das Missões, no Rio Grande do Sul, o índio guarani Sepé Tiaraju.
A resistência guarani foi uma inssurreição das reduções dos Sete Povos das Missões (São Francisco de Borja, São nicolau, São Luís Gonzaga, São miguel Arcanjo, São Lourenço Mártir, São João Batista e Santo Ângelo Custódio) contra o Tratado de Madrid (1750), que entregava definitivamente à coroa portuguesa a região das Missões e integrava à Espanha a Colônia de Sacramento).
Os índios guaranis, liderados por Sepé, não aceitaram tal imposição. Mesmo assim, padres jesuítas espanhóis tentaram convencê-los a abandonar as terras e tudo o que haviam construído, e rumar para a banda ocidental do rio Uruguai. Mas o espírito de resistência prevaleceu e os guaranis expulsaram os jesuítas das reduções, fazendo com que muitos padres tivessem que fugir para se esconder em Buenos Aires, a fim de salvarem suas peles...
“Esta terra tem dono!” bradou Sepé para portugueses e espanhóis... E ergueram-se em revolta os guaranis armados com lanças de taquara!!

Que bom se hoje o povo brasileiro se inspira-se em Sepé Tiaraju e na alma missioneira contra a opressão dos pobres, perpetrada pelos novos conquistadores (patrões, etc) e a enganção da pelegada reformista e vanguardista, os novos “jesuítas”, que tentam convencer o povo a desistir do enfrentamento contra o inimigo de classe, unindo-se a ele.

Texto parcialmente retirado e editado de HB e Midia Independente.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Por que não festejo e me faz mal o Natal


Não festejo e me faz mal o natal por diversas razões, algumas fracas, outras mais fortes. Primeiro, sou ateu praticante e, sobretudo, adulto. Portanto, não participo da solução fácil e infantil de responsabilizar entidade superior, o tal de "pai eterno", pelos desastres espirituais e materiais de cuja produção e, sobretudo, necessária reparação, nós mesmos, humanos, somos responsáveis.

Sobretudo como historiador, não vejo como celebrar o natalício de personagem sobre o qual quase não temos informação positiva e não sabemos nada sobre a data, local e condições de nascimento. Personagem que, confesso, não me é simpático, mesmo na narrativa mítico-religiosa, pois amarelou na hora de liderar seu povo, mandando-o pagar o exigido pelo invasor romano: "Dai a deus o que é de deus, dai a César, o que é de César"!

O natal me faz mal por constituir promoção mercadológica escandalosa que invade crescentemente o mundo exigindo que, sob a pena da imediata sanção moral e afetiva, a população, seja qual for o credo, caso o tenha, presenteie familiares, amigos, superiores e subalternos, para o gáudio do comércio e tristeza de suas finanças, numa redução miserável do valor do sentimento ao custo do presente.

Não festejo e me desgosta o natal por ser momento de ritual mecânico de hipócrita fraternidade que, em vez de fortalecer a solidariedade agonizante em cada um de nós, reforça a pretensão da redenção e do poder do indivíduo, maldição mitológica do liberalismo, simbolizada na excelência do aniversariante, exclusivo e único demiurgo dos males sociais e espirituais da humanidade.

Desgosta-me o caráter anti-social e exclusivista de celebração que reúne egoísta apenas os membros da família restrita, mesmo os que não se frequentaram e se suportaram durante o ano vencido, e não o farão, no ano vindouro. Festa que acolhe somente os estrangeiros incorporados por vínculos matrimoniais ao grupo familiar excelente, expulsos da cerimônia apenas ousam romper aqueles liames.

Horroriza-me o sentimento de falsa e melosa fraternidade geral, com que a grande mídia nos intoxica com impudícia crescente, ano após ano, quando a celebração aproxima-se, no contexto da contraditória santificação social do egoísmo e do individualismo, ao igual dos armistícios natalinos das grandes guerras que reforçavam, e ainda reforçam - vide o peru de Bush, no Iraque - o consenso sobre a bondade dos valores que justificavam o massacre de cada dia, interrompendo-o por uma noite apenas.

Não festejo o natal porque, desde criança, como creio para muitíssimos de nós, a festa, não sei muito bem por que, constituía um momento de tensão e angústia, talvez por prometer sentimentos de paz e fraternidade há muito perdidos, substituindo-os pela comilança indigesta e a abertura sôfrega de presentes, ciumentamente cotejados com os cantos dos olhos aos dos outros presenteados.

Por tudo isso, celebro, sim, o Primeiro do Ano, festa plebéia, aberta a todos, sem discursos melosos, celebrada na praça e na rua, no virar da noite, ao pipocar dos fogos lançados contra os céus. Celebro o Primeiro do Ano, tradição pagã, sem religião e cor, quando os extrovertidos abraçam os mais próximos e os introvertidos levantam tímidos a taça aos estranhos, despedindo-se com esperança de um ano mais ou menos pesado, mais ou menos frutífero, mais ou menos sofrido, na certeza renovada de que, enquanto houver vida e luta, haverá esperança.

Artigo do professor e historiador Mário Maestri, publicado originalmente no portal La Insignia, em dezembro de 2006.

Pescado do blog Diario Gauche

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Tia Ciata e o samba

Hilária Batista de Almeida nasceu na Bahia em 1854. Aos 22 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde formou nova família ao se casar com João Baptista da Silva, funcionário público com quem teve 14 filhos.

Como todas as baianas da época, era grande quituteira. Começou a trabalhar colocando o seu tabuleiro na Rua Sete de Setembro, sempre vestida de baiana. Com tino comercial, também alugava roupas típicas para o teatro e para o carnaval.

Mãe-de-santo respeitada, Hilária foi confirmada no santo como Ciata de Oxum. Em sua casa, as festas eram famosas. Sempre celebrava seus orixás, sendo as festas de Cosme e Damião e de Nossa Senhora da Conceição as mais prestigiadas. Mas também promovia festas profanas, nas quais se destacavam as rodas de partido-alto. Era nessas rodas que se dançava o miudinho, uma forma de sambar de pés juntos, na qual Ciata era mestra.

A Praça Onze ganhou o apelido de Pequena África, porque era o ponto de encontro dos negros baianos e dos ex-escravos radicados nos morros próximos ao centro da cidade. Lá se reuniam músicos amadores e compositores anônimos. A casa de Tia Ciata, na rua Visconde de Itaúna 117, era a capital da Pequena África. Dos seus freqüentadores habituais, que incluíam Pixinguinha, Donga, Heitor dos Prazeres, João da Baiana, Sinhô e Mauro de Almeida, nasceu o samba. A música Pelo telefone foi o primeiro samba registrado, no final de 1916, e virou sucesso no carnaval de 1917.

As chamadas “tias” baianas tiveram um papel preponderante no cenário de surgimento do samba no Rio de Janeiro, no final do século XIX e início do XX. Além de transmissoras da cultura popular trazida da Bahia e sacerdotisas de cultos e ritos de tradição africana, eram grandes quituteiras e festeiras, reunindo em torno de si a comunidade que inundava de música e dança suas celebrações – as festas chegavam a durar dias seguidos. Nessa época, viviam Tia Amélia (mãe de Donga), Tia Prisciliana (mãe de João de Baiana), Tia Veridiana (mãe de Chico da Baiana) e Tia Mônica (mãe de Pendengo e Carmen do Xibuca). Mas a mais famosa de todas foi Tia Ciata, em cuja casa nasceu o samba.

Em 1935, o então prefeito do Rio, Pedro Ernesto, legalizou as escolas de samba e oficializou os desfiles de rua. Antes disso, sem horário nem percurso fixo, o indispensável era que os grupos passassem pela Praça Onze, pelas casas das “tias” baianas. Elas eram consideradas mães do samba e do carnaval dos pobres. A casa de Tia Ciata era parada obrigatória, pois era a mais famosa e muito respeitada pela comunidade. Até hoje, as tias são representadas e homenageadas nos desfiles, pela ala das baianas das escolas de samba.

Em 2011, Tia Ciata é enredo da escola Unidos de Padre Miguel, e sua história será contada novamente!


Fonte: Portal da Cultura Negra , Cabrocha, a flor do Samba e http://www.acordacultura.org.br

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

OBAN - Operação Bandeirante

A Operação Bandeirante (OBAN) foi um centro de informações, investigações e de torturas montado pelo Exército do Brasil em 1969, que a coordenava e integrava as ações dos órgãos de combate às organizações armadas de esquerda que tinham por objetivo confrontar a regime militar que vigorava desde 1964 no Brasil.

Empresários brasileiros e até multinacionais apoiaram a OBAN dando suporte material e até financeiro para a perseguição de pessoas consideradas "subversivas" (que eram contrárias à ditadura), porém pouco dessa história veio à tona, mesmo tantos anos depois do fim do regime militar.

A OBAN foi lançada oficialmente em junho de 1969. Teriam participado do ato de lançamento da OBAN, no dia 1º de julho de 1969, em São Paulo, o governador da época, Roberto Costa de Abreu Sodré, o secretário de Segurança Pública, Hely Lopes Meireles, o general José Canavarro Pereira, comandante do II Exército, e os comandantes do VI Distrito Naval e da 4ª Zona Aérea.

O ato que celebrou a criação da Oban foi organizado com pompa, coquetéis e salgadinhos e contou com a presença das principais autoridades políticas de São Paulo: o governador Roberto de Abreu Sodré, o prefeito Paulo Maluf, o comandante do II Exército (atual Regional Sudeste), general José Canavarro Pereira, entre outros. Também acorreram à cerimônia figuras proeminentes da elite paulista, oriundas dos meios empresarial e financeiro: Luiz Macedo Quentel, Antonio Delfim Netto, Gastão Vidigal, Paulo Sawaya e Henning Albert Boilesen. Parte do setor empresarial paulista e das multinacionais – com representação em São Paulo – acreditava que as ações guerrilheiras colocavam em risco a boa conduta dos negócios e concorreu para o apoio financeiro e material. As autoridades da cidade colaboraram com infra-estrutura, incluindo a cessão de partes das dependências da 36ª delegacia de polícia, situada na rua Tutóia (Vila Mariana), para a acomodação do novo órgão repressivo.

No entanto, o ex-governador Abreu Sodré negou qualquer envolvimento com a OBAN. O prefeito da capital paulista à época, Paulo Maluf, também refutou as versões de que teria dado apoio à iniciativa. Nada foi apurado oficialmente contra esse dois políticos.

O órgão contava com forças policiais e militares. Os militares comandavam as operações, enquanto as forças policiais imprimiam o estilo de investigação e interrogatório desenvolvidos em décadas de experiência nessa área. Os métodos de tortura empregados na inquirição de presos comuns foram incrementados com o emprego de aparelhos de choque elétrico – gentilmente cedidos pelos agentes de segurança estadunidenses –, a palmatória, o “pau-de-arara”, o “telefone” (tapas em ambos os ouvidos, simultaneamente), a famosa “cadeira do dragão” (à qual o interrogado era preso, enquanto recebia choques) e a privação de alimentos e de água.

As pessoas eram torturadas até confessarem o que sequer sabiam, e depois, sem ter mais qualquer valia ou serventia, eram levadas de avião, e jogadas em alto mar, com a barriga aberta a sangue frio, de modo a não boiarem e afundarem rapidamente, para jamais serem encontradas por seus amigos e parentes. (São os incontáveis "desaparecidos" da ditadura militar)

Este local é considerado a mais célebre casa de torturas e de assassinatos da ditadura e no paradigma dos órgãos de segurança da ditadura militar.

Era financiada por doadores privados como o Grupo Ultragás, Ford, GM e Grupo Camargo Corrêa, Grupo Objetivo entre outros e pelos bens tomados de suas vítimas. Entre os doadores, haviam os que apoiavam com entusiasmo a repressão e outros que contribuíam a contragosto, sob pressão.

Destaca-se a atuação da mídia, que na época esforçava-se para esconder os crimes cometidos pelo regime, e ainda justificava claros e evidentes assassinatos por tortura, como os de Vladimir Herzog, Rubens Paiva, Fiel Filho, Stuart Angel, e outros, como tendo sido suicídio, morte natural, desaparecimento e etc, sempre amparado por laudos médicos de legistas do terror, como Dr. Harry Shibata e outros menos badalados, que davam um cunho profissional de aparente seriedade a todos os "acidentes", "suicídios" e "desaparecimentos", jamais tratados como assassinatos por tortura e, cuja verdade como notícia a televisão e os jornais tratavam de fabricar.


Tanto a Oban, quanto o DOI-CODI, podem ser considerados como precursores de batalhões de elite das polícias civis e militares brasileiras – como as Rondas Extensivas Tobias Aguiar (ROTA), em São Paulo, ou o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), no Rio de Janeiro, para citar apenas os mais célebres – com amplo saldo de torturas e mortes. Dessa maneira, longe de permanecer um acontecimento longínquo do passado, a Oban segue servindo de inspiração para organizações congêneres no presente.

Obs:
As imagens foram copiadas do google imagens.
Este texto é uma síntese de materiais colhidos na internet, expressando opiniões de seus autores. Se não concorda com algo, entenda-se com eles. E faça sua própria pesquisa.
wikipedia
blogdocappacete
fazendomedia
humbertocapellari
carosamigos

sábado, 7 de agosto de 2010

Fidel pede a Obama que evite a guerra nuclear

No último dia 3 de agosto, Fidel Castro escreveu uma carta aberta a Barack Obama, na qual reagiu ao anúncio feito pelo almirante Michael Mullen, chefe do Estado Maior das Forças Armadas dos EUA, feito três dias antes, de que aquele país tinha pronto um plano de ataque militar ao Irã.

Na carta, Fidel expõe uma situação de conflito global com ameaças sérias à sobrevivência do planeta e conclamou o presidente dos Estados Unidos a conter o iminente desastre, já que “está em suas mãos oferecer à humanidade a única possibilidade real de paz.”

Fidel trata das questões ambientais e se aprofunda no desastre da Bristish Petroleum no Golfo do México para questionar uma sociedade movida pelo consumo que destrói o planeta, e afirma que “evitar a antecipação do apocalipse exige questionar os mitos da modernidade – como mercado, desenvolvimento, estado uninacional -, todos eles baseados na razão instrumental.”

Com diversas fontes de informação, quase todas públicas, Fidel traça um mosaico vertiginoso, que desemboca na questão iraniana e nos riscos que ela traz de uma nova conflagração global de proporções apocalípticas.

Fidel disse que Obama tem a única oportunidade real de paz no mundo

Texto parcialmente copiado do excelente blog TIJOLAÇO - O blog do Brizola Neto. Clique para ler o resto e conhecer o Tijolaço!

terça-feira, 6 de julho de 2010

A ilha que ninguém quer reclamar



Trata-se de um aglomerado de plásticos, identificada em 1997 no meio do Oceano Pacífico, onde as correntes oceânicas do Pacífico Norte se encontram, e flutuam em constante crescimento. Esta ilha em que não se pode caminhar, ou melhor, esta sopa de plástico, já tem dimensões maiores que o estado do Texas, com uma profundidade de cerca de 10 metros.

Todo o lixo que é abandonado pela classe média nas praias da costa oeste da América do Norte e do Japão é levado pelas correntes para esta ilha suja, onde se estima que 70% da sua composição é de sacos de plástico. É como uma cloaca que nunca descarrega.

Isto tem um enorme impacto nos ecossistemas. A composição da água naquela área já apresenta mais pedacinhos de plástico do que plâncton.

Milhares de albatrozes acabam por morrer de fome mas de estômago cheio: ingerem tampas de garrafa, isqueiros, canetas, palitos de cotonetes, etc.

O principal problema com o plástico é o de não ser biodegradável. Nenhum processo natural pode quebrar suas moléculas. Um isqueiro jogado ao mar se fragmenta em pedaços menores e menores de plástico sem quebrar seus compostos mais simples, por isso se estima que a degradação completa poderia levar centenas de anos.

Além do óbvio que isto afeta tanto a vida marinha (macro e micro), outra questão que se apresenta é: como vamos limpar isto?

Esta questão ainda está para ser respondida. Por enquanto, cientistas dizem que a melhor abordagem que temos não é para limpar tudo, mas como paralisar seu crescimento.

Isso torna uma simples retirada de material algo arriscado – pode-se causar mais danos do que benefícios. É bom lembrar que grande parte da vida marinha encontra-se na escala de tamanho microscópico. Por exemplo, ao coar as águas oceânicas em busca de plástico, o plâncton, que é a base da cadeia alimentar marinha e responsável por 50% da fotossíntese da Terra, seria igualmente capturado, trazendo assim mais prejuízo.



Copiado direto do Blog Diário Gauche

domingo, 27 de junho de 2010

Fundação de Roma

Loba alimentando Rómulo e RemoA fundação de Roma a 1 de Janeiro de 753 a. C. é, lendariamente, atribuída a Rômulo e Remo. Diz a lenda que quando Tróia caiu o príncipe troiano Eneias conseguiu salvar-se. Após uma longa peregrinação, chegou ao Lácio. Eneias ter-se-ia fixado junto ao rio Tibre, onde se casou com uma filha do rei Latino. O filho de Eneias fundou a cidade de Alba Longa. O tempo passou e os descendentes de Eneias reinavam em Alba. Um deles, Numitor, três séculos mais tarde, foi deposto e aprisionado por Amúlio, o seu irmão. Amúlio matou um sobrinho e, para que não houvesse descendência, colocou a sua sobrinha, Reia Silvia, num colégio de Vestais, transformando-a em Vestal. (virgindade perpétua)

Um dia, segundo a versão mais corrente da lenda, a jovem vestal teria ido buscar água para um sacrifício num bosque sagrado, junto ao rio Tibre, quando foi seduzida por Marte, deus romano da guerra, que a engravidou, tendo nascido desta união proibida dois gêmeos, Rômulo e Remo. Quando nasceram, foram abandonados numa cesta e atirados ao rio Tibre, a mando do seu tio Amúlio. Rômulo e Remo foram salvos por uma loba enviada por Marte, quando chegaram ao local da atual Roma. A loba criou-os juntamente com as suas crias, na sua gruta, no Lupercal, o que garantiu a sua sobrevivência. Depois, um casal de pastores, Fáustulo e Larência, encontrou-os e criou-os.

Gravuras romanas

Já adulto, Remo envolveu-se numa rixa com alguns pastores e foi conduzido a Amúlio. Informado por Fáustulo das circunstâncias do seu nascimento, Rômulo dirigiu-se ao palácio e libertou o irmão. Vingaram-se do tio, colocando, em seu lugar, Numitor, o seu avô, novo rei de Alba. Com isso, ganharam o direito de fundar uma cidade onde a loba os encontrou, que foi Roma, no ano de 753 a.C.


Rômulo, para demarcar o território da cidade, traçou em torno de Palatino um grande sulco circular, demarcando com uma charrua guiada por dois bois brancos. A terra remexida simbolizava uma muralha e o sulco simbolizava o fosso. Este sulco circular não era completamente fechado, apresentando interrupções onde seriam os portões da cidade. Mas Remo, para mostrar ao irmão que aquelas muralhas não valiam de nada, saltou por cima delas, ridicularizando a obra do irmão. Este, furioso, matou-o com golpes de espada, sendo este o sacrifício sangrento necessário para a fundação de Roma. Rômulo arrependeu-se, posteriormente, chorando a morte do irmão, mas o destino estava traçado. A rivalidade que sempre existiu entre os bairros da Roma antiga, Aventino e Palatino, é explicada pela divergência entre os dois irmãos, Rômulo e Remo.

Uma das entradas originais de Roma


Essa história é apenas uma lenda, mas existem informações verdadeiras. A primeira é que os fundadores de Roma criavam gado, conheciam metalurgia e praticavam a agricultura. Essas informações foram comprovadas pela arqueologia. A segunda informação é que Roma foi primeiramente uma Monarquia, e que o primeiro rei chamava-se Rômulo.

Obs: Texto editado a partir do original, encontrado no site português Diário Universal. Cique aqui para conhecer.

Os períodos da história de Roma

A história de Roma é dividida em três momentos:

  • Monárquico (753-509 a.C.);
  • Republicano (507-27 a.C.);
  • Imperial (27 a.C. – 476 d.C.).

Período Monárquico: o domínio etrusco

Muitas das informações sobre o período Monárquico fundamentam-se nas lendas contadas pelos romanos. Nessa época, a cidade deve ter sido governada por reis de diferentes origens; os últimos de origens etrusca, devem ter dominado a cidade por cerca de cem anos.

Durante o governo dos etruscos, Roma adquiriu o aspecto de cidade. Foram realizadas diversas obras públicas entre elas, templos, drenagens de pântanos e um sistema de esgoto.

Nessa época, a sociedade romana estava assim organizada:

  • Patrícios ou nobres: Descendentes das famílias que promoveram a ocupação inicial de Roma. Eram grandes proprietários de terra e de gado.
  • Plebeus: Em geral, eram pequenos agricultores, comerciantes, pastores e artesãos. Constituíam a maioria da população e não tinham direitos políticos.
  • Clientes: eram homens de negócios, intelectuais ou camponeses que tinham interesse em fazer carreira pública e que por isso recorriam à proteção de algum patrono, geralmente um patrício de posses.
  • Escravos: Eram plebeus endividados e principalmente prisioneiros de guerra. Realizavam todo o tipo de trabalho e eram considerados bens materiais. Não tinham qualquer direito civil ou político.

O último rei etrusco foi Tarqüínio, o Soberbo. Ele foi deposto em 509 a.C., provavelmente por ter descontentado os patrícios com medidas a favor dos plebeus.

No lugar de Tarqüínio, os patrícios colocaram no poder dois magistrados, chamados cônsules. Com isso, terminava o período Monárquico e tinha inicio o período Republicano.

Período Republicano

República é uma palavra de origem latina e significa “coisa pública”. Durante a passagem da monarquia para a república, eram os patrícios que detinham o poder e controlavam as instituições políticas. Concentrando o poder religioso, político e a justiça, eles exerciam o governo procurando se beneficiar.

Para os plebeus, sem direito à participação política, restavam apenas deveres, como pagar impostos e servir o exército.

Organização política e social na república

Na república, o poder que antes era exercido pelo rei foi partilhado por dois cônsules. Eles exerciam o cargo por um ano e eram auxiliados por um conselho de 100 cidadãos, responsáveis pelas finanças e pelos assuntos externos. Esse conselho recebia o nome de Senado, e a ele competia promulgar as leis elaboradas pela Assembléia de Cidadãos, dominada pelos patrícios.


Reprodução de uma sessão do Senado romano

À medida que Roma cresceu e se tornou poderosa, as diferenças entre patrícios e plebeus se acentuaram. Marginalizados, os plebeus desencadearam uma luta contra os patrícios, que se estendeu por cerca de dois séculos (V-IV a.C.)

Durante esses dois séculos, os plebeus conquistaram seus direitos. Entre eles, o de eleger seus próprios representantes, chamados tribunos da plebe. Os tribunos tinham o poder de vetar as decisões do Senado que fossem prejudiciais aos interesses dos plebeus.


Outras conquistas foram a proibição da escravização por dívidas e o estabelecimento de leis escritas, válidas tanto para os patrícios quanto para plebeus. Até então, em Roma, as leis não eram escritas e os plebeus acabavam julgados conforme os critérios dos patrícios. Estabelecendo as leis por escrito, os plebeus garantiam um julgamento mais justo.

Os plebeus conquistaram ainda a igualdade civil, com a autorização do casamento entre patrícios e plebeus; a igualdade política, com o direito de eleger representantes para diversos cargos, inclusive o de cônsul; e a igualdade religiosa, com o direito de exercer funções sacerdotais.

A estrutura do poder na República Romana

  • Cônsules: chefes da República, com mandato de um ano; eram os comandantes do exército e tinham atribuições jurídicas e religiosas.
  • Senado: composto por 300 senadores, em geral patrícios. Eram eleitos pelos magistrados e seus membros eram vitalícios. Responsabilizavam-se pela elaboração das leis e pelas decisões acerca da política interna e externa.
  • Magistraturas: responsáveis por funções executivas e judiciária, formadas em geral pelos patrícios.
  • Assembléia Popular: composta de patrícios e plebeus; destinava-se a votação das leis e era responsável pela eleição dos cônsules.
  • Conselho da Plebe: composto somente pelos plebeus; elegia os tributos da plebe e era responsável pelas decisões em plebiscitos (decretos do povo).

A expansão das fronteiras romanas

Iniciado durante a República, o expansionismo romano teve basicamente dois objetivos: defender Roma do ataque dos povos vizinhos rivais e assegurar terras necessárias à agricultura e ao pastoreio. As vitórias nas lutas conduziram os romanos a uma ação conquistadora, ou seja, a ação do exército levou à conquista e incorporação de novas regiões a Roma. Dessa forma, após sucessivas guerras, em um espaço de tempo de cinco séculos, a ação expansionista permitiu que o Império Romano ocupasse boa parte dos continentes europeu, asiático e africano.

O avanço das forças militares romanas colocou o Império em choque com Cartago e Macedônia, potências que nessa época dominavam o Mediterrâneo. As rivalidades entre os cartagineses e os romanos resultaram nas Guerras Púnicas (de puni, nome pelo qual os cartagineses eram conhecidos).

As Guerras Púnicas desenvolveram-se em três etapas, durante o período de 264 a 146 a.C. Ao terminar a terceira e ultima fase das Guerras Púnicas, em 146 a.C., Cartago estava destruída. Seus sobreviventes foram vendidos como escravos e o território cartaginês foi transformado em província romana. Com a dominação completa da grande rival, Roma iniciou a expansão pelo Mediterrâneo oriental (leste). Assim, nos dois séculos seguintes, foram conquistados os reinos helenísticos da Macedônia, da Síria e do Egito. No final do século I a.C., o mediterrâneo havia se transformado em um “lago romano” ou, como eles diziam, Mare Nostrum(“nosso mar”).

Período de instabilidade política

Com o fim das Guerras Púnicas, em 146 a.C., iniciou-se um período de intensa agitação social. Além dos escravos, povos da Península Itálica também se revoltaram, só que exigindo o direito à cidadania romana. A expansão das conquistas e o aumento das pilhagens fortaleceram o exército romano, que então se colocou na luta pelo poder. Assim, esse período ficou marcado por uma acirrada disputa política entre os principais generais, abrindo caminho para os ditadores.

Essa crise se iniciou com a instituição dos triunviratos ou triarquia, isto é, governo composto de três indivíduos. O Primeiro Triunvirato, em 60 a.C., foi composto de políticos de prestigio: Pompeu, Crasso e Júlio César. Esses generais iniciaram uma grande disputa pelo poder, até que, após uma longa guerra civil, Júlio César venceu seus rivais e recebeu o título de ditador vitalício.

Durante seu governo, Júlio César formou a mais poderosa legião romana, promoveu uma reforma político-administrativa, distribuiu terras entre soldados, impulsionou a colonização das províncias romanas e realizou obras públicas.

O imenso poder de César levou os senadores a tramar sua morte, o que aconteceu em 44 a.C. Os generais Marco Antonio, Lépido e Otávio formaram, então, o Segundo triunvirato, impedindo que o poder passasse para as mãos da aristocracia, que dominava o Senado.

A disputa pelo poder continuou com o novo triunvirato. Em 31 a.C., no Egito, Otávio derrotou as forças de Marco Antônio e retornou vitorioso a Roma. Fortalecido com essa campanha, Otávio pôde governar sem oposição. Terminava, assim, o regime republicano e iniciava o Império.


Obs: Texto copiado na íntegra do site SÓ HISTÓRIA. Clique aqui e conheça!


terça-feira, 22 de junho de 2010

Viajando Pela Copa 2010

Aqui algumas imagens do trabalho sobre a Copa do Mundo apresentado em 19 de junho!




Atlântico Negro - Na rota dos orixás


ATLÂNTICO NEGRO - NA ROTA DOS ORIXÁS
País de Origem: Brasil
Ano: 1998
Duração: 75min
Diretor: Renato Barbieri.


Um relato realista e comovente das relações entre Brasil e África inspirou o videomaker Renato Barbieri e o historiador Victor Leonardi a criar uma série de quatro documentários chamada Atlântico Negro.

O primeiro filme da série, feito em vídeo, Na Rota dos Orixás, entrou em cartaz depois de ser elogiado no 31º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e de participar de eventos como o Dia Nacional da Consciência Negra.

Na Rota dos Orixás apresenta a grande influência africana na religiosidade brasileira. Na fita, Renato Barbieri mostra a origem das raízes da cultura jêje-nagô em terreiros de Salvador, que virou candomblé, e do Maranhão, onde a mesma influência gerou o Tambor de Minas.

Um dos momentos mais impressionantes deste documentário é o encontro de descendentes de escravos baianos que moram em Benin, um país africano desconhecido para a maioria do brasileiros, mantendo tradições do século passado.

Retirado parcialmente das páginas do Terra.

Obs: o vídeo está disponível no Youtube, dividido em partes.
Caso tenhas alguma dúvida quanto a qualidade do documentário, dê uma olhada neste link para ver a quantidade de prêmios que os caras ganharam!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

A mitologia Grega (Parte3)


ÁRTEMIS


A deusa grega da floresta e da caça, filha de Zeus e irmã gêmea de Apolo. Ela era amada em especial pelas Ninfas, com as quais dançava freqüentemente nas florestas. Ártemis era apaixonada por Orion, filho de Posseidon, pois ele também era um caçador como ela.

Porém Apolo não simpatizava com ele e muito lhe desagradava à afeição da irmã pelo jovem. Deste modo, certa vez que Orion estava mergulhado na água e somente sua cabeça aparecia, Apolo, mostrou aquele objeto escuro para Ártemis, desafiou-a em acertá-lo.

Sem imaginar que se tratava da cabeça de seu amado, ela acertou-a com sua flecha. Momentos depois, as ondas trouxeram o corpo de Orion até a praia e Ártemis, em sua dor, não queria que seu amado desaparecesse para sempre, então resolveu colocá-lo entre as estrelas do céu, onde ele aparece como um gigante com cinto e espada.

Na Ilíada de Homero, desempenhou importante papel na Guerra de Tróia, ao lado dos troianos.





AFRODITE




A Deusa grega da beleza, da paixão sexual, do amor, da fecundidade e do casamento. Na mitologia romana, é conhecida como Vênus.

Há duas versões para sua origem, a mais conhecida é a de que Cronos (deus do tempo) a pedido de sua mãe cortou e jogou no mar o órgão sexual de seu pai, Urano (deus do firmamento).

Afrodite nasceu da espuma que se formou na água. O segredo de Afrodite era um cinturão mágico com grande poder de sedução. Afrodite era também mãe de Eros.

domingo, 2 de maio de 2010

A mitologia Grega (Parte 2)


APOLO

É o deus grego da beleza, da juventude e da luz. Filho de Leto e de Zeus, Apolo é associado ao sol e ao pastoreio. É descrito como um jovem alto e bonito, além de simbolizar a ordem, a medida e a inteligência, ele também é considerado patrono das artes.

Segundo a lenda, embora Apolo não fosse considerado bom esportista, era um arqueiro de grande habilidade. Suas flechas podiam causar doenças e morte súbita aos homens.
Fundou o oráculo de Delfos, que dava conselhos aos gregos através da Pitonisa, sacerdotiza de Apolo que entrava em transe devido aos vapores vindos das profundezas da terra.









PALAS ATENA, OU ATENÉIA


Deusa virgem, padroeira das artes domésticas, da sabedoria e da guerra. Palas nasceu já adulta, na ocasião em que Zeus teve uma forte dor de cabeça e mandou que Hefaistos, o deus ferreiro, lhe desse uma machadada na fronte; daí saiu Palas Atena.

Sob a proteção dessa deusa floresceu Atenas, em sua época áurea. Dizia-se que ganhou a devoção dos atenienses quando presenteou a humanidade com a oliveira, árvore principal da Grécia.



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Brasil Colônia: O Senhor de Engenho


Quando falamos da sociedade açucareira no Brasil Colônia, sempre nos detemos na figura central, representante máximo da elite escravocrata colonial nordestina, o Senhor de Engenho. Servir-se da descrição minuciosa de Gilberto Freyre em Casa Grande e senzala é estar bem próximo daquilo que eram eles:

Como não se exercitavam, ficavam com “mãos de mulher, pés de meninos”, numa vida “ociosa, mas alagada de preocupações sexuais, a vida do senhor de engenho tornou-se uma vida de rede”, conta Freyre. “Rede parada, com senhor descansando, dormindo, cochilando. Rede andando, com o senhor em viagem ou a passeio debaixo de tapete ou cortinas. Rede rangendo, com o senhor copulando dentro dela. Da rede não precisava afastar-se o escravocrata para dar as suas ordens aos negros; mandar escrever suas cartas pelo caixeiro ou capelão; jogar gamão com algum parente ou compadre. De rede viajavam quase todos – sem ânimo para montar a cavalo: deixando-se tirar de dentro de casa como geléia por uma colher. Depois do almoço, ou do jantar, era na rede que eles faziam longamente o quilo – palitando os dentes, fumando charuto, cuspindo no chão, arrotando alto, peidando, deixando-se abanar, agradar e catar piolhos por mulequinhas, coçando os pés ou a genitália; uns coçando-se por vícios; outros por doença venérea ou da pele”
Gilberto Freyre, Casa-grande & senzala, 43ª. edição, Editora Record, 2001.

Pode-se dizer, sem medo de errar, que o "conceito" de elite no Brasil, parte dessa figura, o senhor de engenho, como seu representante ancestral mais antigo. Um parasita, dentro de um sistema opressor e excludente, como não poderia deixar de ser uma sociedade escravocrata.

Qual a relação podemos estabelecer entre aquelas elites parasitas, que serviam-se e esforçaram-se para manter o modo de produção escravo no Brasil durante mais de 350 anos, e as elites do Brasil do século XXI?
Pense nisso.
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sábado, 1 de maio de 2010

Trabalhadores

A mitologia grega

Vamos iniciar uma série de posts sobre os deuses do Olimpo, da mitologia grega. A principal fonte é o site Brasil Escola, site confiável para pesquisas escolares.

A mitologia grega é bastante rica em termos de contos e explicações da origem do mundo, a tudo atribuindo os poderes dos deuses gregos, que segundo a crença geral, moravam no Monte Olimpo.

Dizem as lendas gregas que, no princípio, havia somente o grande Caos, do qual surgiram os Velhos Deuses, ou Titãs, dirigidos pelo deus Cronos (Tempo). Zeus era um filho de Cronos e chefiou a rebelião da nova geração dos deuses - chamados Deuses Olímpicos - que dominaram a Grécia em toda a sua época clássica. Os principais deuses olímpicos são:

ZEUS
Dentro da mitologia grega é o deus mais importante. Os gregos criam que seus deuses estavam separados em diversos grupos. Os mais poderosos eram os deuses do Olimpo, que se dividiam em várias classes. A classe superior era formada por Zeus, o governante de todos os deuses.

Segundo a mitologia, ele teria nascido da União de Réia e Cronos. Seu pai Cronos (deus do tempo), que imperava naquele momento, tinha o costume de engolir seus filhos com medo de que um deles lhe tirasse o trono.

No entanto, quando Zeus nasceu, Réia pressentiu que ele era uma criatura especial e o escondeu em uma caverna. Para enganar seu marido ela entregou a ele uma pedra enrolada em panos para que ele engolisse no lugar de seu filho.

Depois de adulto, Zeus enfrentou seu pai e o forçou a vomitar todos os seus irmãos, que continuavam vivos. Em seguida ele aprisionou Cronos sob a terra. Daquele momento em diante, Zeus se tornou o grande deus de todos os deuses e foi morar no monte Olimpo. Ele se casou com sua irmã Hera, mas teve vários amores com outras deusas e com mortais, teve vários filhos.

Segue....

sábado, 24 de abril de 2010

O que é Cidadania

A origem da palavra cidadania vem do latim “civitas”, que quer dizer cidade. A palavra cidadania foi usada na Roma antiga para indicar a situação política de uma pessoa e os direitos que essa pessoa tinha ou podia exercer. Segundo Dalmo Dallari:

“A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem não tem cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando numa posição de inferioridade dentro do grupo social”. (DALLARI, Direitos Humanos e Cidadania. São Paulo: Moderna, 1998. p.14)

No Brasil, estamos gestando a nossa cidadania. Damos passos importantes com o processo de redemocratização e a Constituição de 1988. Mas, muito temos que andar. Ainda predomina uma visão reducionista da cidadania (votar, e de forma obrigatória, pagar os impostos... ou seja, fazer coisas que nos são impostas) e encontramos muitas barreiras culturais e históricas para a vivência da cidadania. Somos filhos e filhas de uma nação nascida sob o signo da cruz e da espada, acostumados a apanhar calados, a dizer sempre “sim senho?, a «engolir sapos”, a achar “normal” as injustiças, a termos um “jeitinho’ para tudo, a não levar a sério a coisa pública, a pensar que direitos são privilégios e exigi-los é ser boçal e metido, a pensar que Deus é brasileiro e se as coisas estão como estão é por vontade Dele.

Os direitos que temos não nos foram conferidos, mas conquistados. Muitas vezes compreendemos os direitos como uma concessão, um favor de quem está em cima para os que estão em baixo. Contudo, a cidadania não nos é dada, ela é construída e conquistada a partir da nossa capacidade de organização, participação e intervenção social.


A cidadania não surge do nada como um toque de mágica, nem tão pouco a simples conquista legal de alguns direitos significa a realização destes direitos. É necessário que o cidadão participe, seja ativo, faça valer os seus direitos. Simplesmente porque existe o Código do Consumidor, automaticamente deixarão de existir os desrespeitos aos direitos do consumidor ou então estes direitos se tornarão efetivos? Não! Se o cidadão não se apropriar desses direitos fazendo-os valer, esses serão letra morta, ficarão só no papel.

Construir cidadania é também construir novas relações e consciências. A cidadania é algo que não se aprende com os livros, mas com a convivência, na vida social e pública. É no convívio do dia-a-dia que exercitamos a nossa cidadania, através das relações que estabelecemos com os outros, com a coisa pública e o próprio meio ambiente. A cidadania deve ser perpassada por temáticas como a solidariedade, a democracia, os direitos humanos, a ecologia, a ética.

A cidadania é tarefa que não termina. A cidadania não é como um dever de casa, onde faço a minha parte, apresento e pronto, acabou. Enquanto seres inacabados que somos, sempre estaremos buscando, descobrindo, criando e tomando consciência mais ampla dos nossos direitos. Nunca poderemos chegar e entregar a tarefa pronta, pois novos desafios na vida social surgirão, demandando novas conquistas e, portanto, mais cidadania.

Obs: Visite o DHnet! Está completando 15 anos em 2010.