sábado, 29 de novembro de 2008

Passeio do Loureiro


Quinta-feira, 27 de novembro de 2008. O dia vai ficar na memória da comunidade do Colégio Estadual José Loureiro da Silva. Alunos, pais e funcionários estiveram no Itapema Park. Foi um passeio que durou o dia inteiro, e foi muito divertido!
Aí estão algumas fotos desse dia.


sábado, 8 de novembro de 2008

Bem Nessa!


É chegado o fim dos oito anos de governo do facínora Bush. E Obama chega representando a mudança, derrotando o mal, ora representado por McCain (cujo acessor participou da morte do presidente deposto pela ditadura do Brasil, João Goulart) Mas é preciso dizer que os democratas não são santos, e revezam o poder com os republicanos desde o início dos tempos por lá. Na prática, ambos partidos tem muito mais semelhanças do que diferenças, sendo ingênuo pensar que agora vai mudar muita coisa. Porém, do ponto de vista social, a chegada de um negro à presidência dos EUA representa algo muito especial, e deve ser festejado. É sabido que negros e latinos não costumavam votar nos EUA, e agora foram as urnas, fazendo a diferença. Espero que a eleição de Obama contribua para uma nova forma de aceitação do negro na sociedade, de como este é visto e de como se vê, passando a pensar e agir como agente de um processo de mudança.

O artigo abaixo é de autoria de Manoel Soares, e foi publicado no Diário Gaúcho de 07/11/2008, e contribui para um discussão ampla sobre a questão.
Obs: Manoel Soares é coordenador da CUFA no RS.

O chapéu é do Obama

Foi lindo ver pessoas de todas as classes, a maioria de pele escura, felizes porque a mão mais poderosa do planeta é negra. É um momento histórico e simbólico para a humanidade, pois, no mesmo país em que, há 50 anos, negros eram enforcados, o jogo virou de tal forma que há racista se perguntando ainda como foi possível.

Ver negros e brancos vibrando aqui com essa vitória é maravilhoso, mas contraditório. O Brasil não conta a história negra passada nem atual. A Lei 10.639 está, há cinco anos, tentando levar a saga dos negros trazidos da África para os bancos escolares e nada.

É importante termos símbolos como Barack Obama, porém, é importante entender também que foi graças às cotas raciais, aplicadas por um tempo nos EUA, que ele pôde começar seus estudos. Obama foi preparado para o poder, isto não faz dele menos espetacular, pois, em menos de sete anos de vida pública, chega ao cargo mais importante do mundo.

Ter Obama como inspiração e motivação é saudável, mas temos batalhas para vencermos aqui. Temos uma das piores realidades raciais do planeta, um racismo invisível, só perceptível a quem o sente na pele. Temos milhares de negros recebendo 50% a menos do que muitos colegas brancos na mesma função. Temos um estatuto da igualdade racial que não consegue ser aprovado. Temos uma lei de cotas que até hoje não foi compreendida por muitos de nós.

Fiquei feliz em ver a história de Obama contada por dezenas de jornais, mas gostaria de ver o mesmo empenho com as histórias de Zumbi, João Cândido, Porongos, Machado de Assis e milhares de negros anônimos que, com suas lutas, mudaram a história do Brasil. Se, um dia, quisermos ter a mesma alegria que vemos nos olhos de quem votou em Obama, temos de começar a valorizar nossos heróis vivos e mortos. Até lá, vamos ficar fazendo vento com o chapéu dos outros, neste caso, o de Obama.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

República: A questão da cidadania





Nas aulas de história, seguidamente nos deparamos com momentos que nos levam à reflexão sobre o surgimento da cidadania no Brasil e no mundo. Quase sempre somos levados a concluir que a conquista de direitos civis se dá através de luta (nem sempre reconhecida) de pessoas que acreditam em um ideal. Porém, outras tantas vezes, percebemos que a ausência dos direitos, bem como os abusos do poder constituído, são fatores que historicamente denunciam a necessidade de discutir as obrigações e direitos das pessoas, nos diferentes seguimentos, em prol de um desenvolvimento equitativo da sociedade, e no combate da desigualdade social.
Já nos debates políticos, frequentemente ouvimos falar na necessidade do "resgate da cidadania". Resgatar o quê mesmo?

O texto abaixo é a resenha de uma obra cujo objetivo é discutir essa questão. O autor, doutor em história pela Universidade de São Paulo, é atualmente uma autoridade no assunto, e ajuda a delinear esse problema, elucidando a temática que é tão necessária não só para a nossa formação, mas também para que possamos um dia ser cidadãos conscientes do nosso papel no Brasil e no mundo.

Prof. Daniel.


História da Cidadania

Afinal, o que é ser cidadão?

Ser cidadão é ter direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a lei: é, em resumo, ter direitos civis. É também participar no destino da sociedade, votar, ser votado, ter direitos políticos. Os direitos civis e políticos não asseguram a democracia sem os direitos sociais, aqueles que garantem a participação do indivíduo na riqueza coletiva: o direito à educação, ao trabalho, ao salário justo, à saúde, a uma velhice tranqüila. Exercer a cidadania plena é ter direitos civis, políticos e sociais, fruto de um longo processo histórico que levou a sociedade ocidental a conquistar parte desses direitos.
Cidadania não é uma definição estanque, mas um conceito histórico, o que significa que seu sentido varia no tempo e no espaço. É muito diferente ser cidadão na Alemanha, nos Estados Unidos ou no Brasil (para não falar dos países em que a palavra é tabu), não apenas pelas regras que definem quem é ou não titular da cidadania (por direito territorial ou de sangue), mas também pelos direitos e deveres distintos que caracterizam o cidadão em cada um dos Estados-nacionais contemporâneos. Mesmo dentro de cada Estado-nacional o conceito e a prática da cidadania vêm se alterando ao longo dos últimos duzentos ou trezentos anos. Isso ocorre tanto em relação a uma abertura maior ou menor do estatuto de cidadão para sua população (por exemplo, pela maior ou menor incorporação dos imigrantes à cidadania), ao grau de participação política de diferentes grupos (o voto da mulher, do analfabeto), quanto aos direitos sociais, à proteção social oferecida pelos Estados aos que dela necessitam.
A aceleração do tempo histórico nos últimos séculos e a conseqüente rapidez das mudanças faz com que aquilo que num momento podia ser considerado subversão perigosa da ordem, no seguinte seja algo corriqueiro, “natural” (de fato, não é nada natural, é perfeitamente social). Não há democracia ocidental em que a mulher não tenha, hoje, direito ao voto, mas isso já foi considerado absurdo, até muito pouco tempo atrás, mesmo em países tão desenvolvidos da Europa como a Suíça. Esse mesmo direito ao voto já esteve vinculado à propriedade de bens, à titularidade de cargos ou funções, ao fato de se pertencer ou não a determinada etnia etc. Ainda há países em que os candidatos a presidente devem pertencer a determinada religião (Carlos Menem se converteu ao catolicismo para poder governar a Argentina), outros em que nem filho de imigrante tem direito a voto e por aí afora. A idéia de que o poder público deve garantir um mínimo de renda a todos os cidadãos e o acesso a bens coletivos como saúde, educação e previdência deixa ainda muita gente arrepiada, pois se confunde facilmente o simples assistencialismo com dever do Estado.
Não se pode, portanto, imaginar uma seqüência única, determinista e necessária para a evolução da cidadania em todos os países (a grande nação alemã não instituiu o trabalho escravo, a partir de segregação racial do Estado, em pleno século XX, na Europa?). Isso não nos permite, contudo, dizer que inexiste um processo de evolução que marcha da ausência de direitos para sua ampliação, ao longo da história.
A cidadania instaura-se a partir dos processos de lutas que culminaram na Declaração dos Direitos Humanos, dos Estados Unidos da América do Norte, e na Revolução Francesa. Esses dois eventos romperam o princípio de legitimidade que vigia até então, baseado nos deveres dos súditos, e passaram a estruturá-lo a partir dos direitos do cidadão. Desse momento em diante todos os tipos de luta foram travados para que se ampliasse o conceito e a prática de cidadania e o mundo ocidental o estendesse para mulheres, crianças, minorias nacionais, étnicas, sexuais, etárias. Nesse sentido pode-se afirmar que, na sua acepção mais ampla, cidadania é a expressão concreta do exercício da democracia.
Apesar da importância do tema e do significado da discussão sobre a cidadania não tínhamos, até agora, um livro importante sobre o tema, razão pela qual há cerca de dois anos começamos a organizar uma obra consistente sobre a história da cidadania. Inicialmente pensamos que a carência bibliográfica era apenas um problema brasileiro, mas aos poucos fomos percebendo que era um fenômeno mundial. Não havia, simplesmente, um grande livro sobre a história da cidadania. Quem quer que escrevesse sobre o assunto recorria ao sociólogo inglês T. H. Marshall, autor de um texto básico, mas que não tinha a pretensão de ser uma história da cidadania. De resto, achamos importante mostrar que a sociedade moderna adquiriu um grau de complexidade muito grande a ponto de a divisão clássica dos direitos do cidadão em individuais, políticos e sociais não dar conta sozinha da realidade.
Nossa proposta foi a de organizar um livro de história social, no sentido de não fazer um estudo do passado pelo passado, muito menos do passado para justificar eventuais concepções pré-determinadas sobre o mundo atual. Queríamos, isto sim, estimular a produção de textos cuidadosamente pesquisados, mas que se propusessem a dialogar com o presente. Não é por acaso que os textos dão conta de um processo, um movimento lento, não linear, mas perceptível, que parte da inexistência total de direitos para a existência de direitos cada vez mais amplos.
Sonhar com cidadania plena em uma sociedade pobre, em que o acesso aos bens e serviços é restrito, seria utópico. Contudo, os avanços da cidadania, se têm a ver com a riqueza do país e a própria divisão de riquezas, dependem também da luta e das reivindicações, da ação concreta dos indivíduos. Ao clarificar essas questões, este livro quer participar da discussão sobre políticas públicas e privadas que podem afetar cada um de nós, na qualidade de cidadãos engajados. Afinal, a vida pode ser melhorada com medidas muito simples e baratas, ao alcance até de pequenas prefeituras, como proibição de venda de bebidas alcoólicas a partir de certo horário, controle de ruídos, funcionamento de escolas como centros comunitários no final de semana, opções de lazer em bairros da periferia, estímulo às manifestações culturais das diferentes comunidades, e muitas outras. Sem que isso implique abrir mão de uma sociedade mais justa, igualitária, com menos diferenças sociais, é evidente.
História da Cidadania já surge, portanto, como obra de referência. Ao organizar a discussão sobre um assunto de que tanto se fala e tão pouco se sabe, ao estimular a produção de textos de intelectuais de alto nível, o livro dá conteúdo a um conceito esvaziado pelo uso indevido, e propicia uma reflexão sólida e conseqüente.
JAIME PINSKY
Texto disponibilizado em Espaço Acadêmico.

sábado, 18 de outubro de 2008

domingo, 12 de outubro de 2008

Coronel é considerado “torturador” pela Justiça




Impunidade ainda não acabou

Era 28 de dezembro de 1972 quando César Augusto Teles e Maria Amélia Almeida Teles foram presos em São Paulo pelos militares. No dia seguinte, os filhos do casal, Edson e Janaína, então com 4 e 5 anos, respectivamente, foram tirados de sua casa, em Cidade Ademar, zona leste de São Paulo, e levados para o prédio do DOI-Codi junto com Criméia Alice Schmidt de Almeida, grávida de sete meses, irmã de Amélia.

Militantes do movimento de esquerda contra a ditadura militar, o casal foi torturado na frente das crianças em uma operação liderada pelo coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra (foto). Hoje, 36 anos depois, Ustra foi considerado torturador pela Justiça do Estado de São Paulo após a sentença do juiz Gustavo Santini Teodoro. A decisão em primeira instância do processo de ação declaratória ajuizado é comemorada por toda a família Teles.

"É um sinal de que a impunidade está acabando neste país", acredita Criméia, espancada pelo próprio coronel Ustra na prisão. Ela, a irmã Amélia, o cunhado César, e os dois sobrinhos Edson e Janaína ajuízaram a ação sem pedir qualquer indenização. "A intenção era reconhecer que houve tortura e torturadores no Brasil", disse.

No que diz respeito às crianças, o juiz julgou a ação improcedente porque "a prova testemunhal ficou muito vaga quanto aos autores Janaina de Almeida Teles e Edson Luis de Almeida Teles". "Me considero vitoriosa mesmo que a decisão não contemple a mim e o meu irmão. Eu ouvi os gritos, vi minha mãe sendo torturada, fiquei seis meses sequestrada. Isso é tortura sim, tortura psicológica", diz.

O advogado da família, Anibal Castro de Souza, explica que a ação declaratória é um grande avanço para a democracia brasileira. "Estamos pedindo o direito à verdade. É a prova de que os tempos estão mudando, que hoje conseguimos o que antes era impossível".

A atriz e ex-deputada federal Bete Mendes foi a primeira a denunciar publicamente o coronel Ustra por tê-la torturado enquanto estava presa. A informação é da Agência Brasil.

..........

O caso é inédito, mas só no Brasil. Em países vizinhos como Uruguai, Argentina e Chile, onde também houve ditaduras militares (sempre com apoio civil, especialmente da grande mídia) que prenderam de forma arbitrária, fizeram desaparecer pessoas, torturaram e assassinaram cidadãos e cidadãs, a punição de militares e agentes da repressão do Estado já está bem mais adiantada que no Brasil.

Fazemos votos de que o caso do coronel-torturador Brilhante Ustra seja apenas o primeiro de uma longa série de militares que serão considerados responsáveis judicialmente pelos atos que cometeram mas que insistem covardemente em negar, ou se ocultar atrás de argumentos patrioteiros ou abertamente cínicos.

Esta é apenas uma ação declaratória, o coronel que torturou – por ora – não sofrerá nenhuma sanção penal, mas de qualquer forma, para um país que sempre escondeu suas chagas históricas com os panos rotos da conciliação pelo alto, já é alguma coisa.

Obs: Do Blog Diario Gauche

sábado, 27 de setembro de 2008

País ocupado


Em aula falamos em Segunda Grande Guerra Mundial, em ocupação de países, no convívio do inimigo com a população do país ocupado, etc. Não tem como evitar: Mesmo sem querer, a gente acaba falando sobre a ocupação estadunidense no Iraque.
Um vídeo no xpock , (link direto) retrata uma cena, talvez cotidiana, que demonstra o convívio dos soldados do país da liberdade com a população iraquiana.
A interpretação fica por sua conta!

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Material para prova do 3º ano!

Material para prova do 3º ano
Pequenos textos, ilustrados em PowerPoint, estão disponíveis para download. Complementam as aulas e podem ser usados para estudar para a prova! Hospedei no easy-share. Seguem os links (clicar nas figuras!):



A partir da tarde do dia 19 de setembro, o material estará disponível no xerox smilinguido (formiguinha).
Abraços!

domingo, 14 de setembro de 2008

Acampamento farroupilha no Loureiro

Algumas imagens preliminares do 6º Acampamento Farroupilha, ocorrido no pátio do Colégio Estadual José Loureiro da Silva, no dia 13 de setembro de 2008.

A festividade marcou o início da semana farroupilha na escola e contou com a participação de muitos alunos, professores e pais. Além dos churrascos, organizados por cada equipe, houveram apresentações artísticas e concurso de dança gaúcha, prestigiado por grande número de duplas. A confraternização teve seu início às 8 horas, com a montagem das barracas e encerrou após às 17 horas.
A comissão organizadora agradece!!!

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Mais alguns alunos(as) da 1ª Série do Ensino Médio responderam de forma satisfatória pequeno trabalho em aula, sobre o processo de Independência do Brasil. As questões poderão estar na prova do 3º bimestre!

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Colégio Estadual José Loureiro da Silva na Expointer!

Terça-feira, 02 de setembro, foi a vez dos alunos do Loureiro irem à Expointer. O professor de história acompanhou a turma 213, e durante a agradável tarde no parque de exposições encontrou alguns alunos e alunas. As melhores fotos estão aí:

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Enem 2008: Debret viu o Brasil

Questão 38, na prova amarela: Era "D". Só isso. Pega ratão médio.

O francês Jean Baptiste Debret esteve no Brasil entre 1816 e 1831, quando elaborou uma série de "pranchas"(desenhos) que foram inseridas na sua obra Voyage Pitoresque et Historique au Brésil, organizada e escrita depois de seu retorno para a França. A publicação ocorreu em Paris, em 1834, por Firmin Didot frères.

Debret retratava suas viagens dessa forma, e os europeus estavam sempre ansiosos para conhecer o mundo distante e pitoresco da América.

As brincadeiras de rua no carnaval brasileiro vêm desde o período colonial. Essa gravura de Debret registra um menino jogando água e um adulto atirando farinha em uma pessoa.


Não há evidências de que Debret, nesta obra queira mostrar aos europeus uma relação conflituosa entre senhores e escravos. Aliás, é bem pouco provável que, naquele momento, alguém estivesse interessado neste tipo de discurso.

Também a cena retratada não mostra "vida íntima", pelo contrário, acontece na rua! E quanto as formas humanas, são bem delineadas, seu traço é preciso.

Ah... e o cubismo surgiu no século XX.



sábado, 30 de agosto de 2008

O Barroco

Era o estilo que se seguiu ao classicismo renascentista, em fins do século XVI, mantendo-se pujante até os inícios do século XVIII. Conservou muitas das características daquele estilo (inclusive o gosto pelos antigos clássicos), mas se opunha a ele por dirigir-se mais aos sentidos do homem do que à sua inteligência. Por isso, preocupava-se muito com a ornamentação das obras de arte, e com os aspectos contrastantes e trágicos das mesmas.

Com tais características, o barroco serviu admiravelmente à necessidade de impressionar o povo que tinham os governos absolutos, as igrejas cristãs após a Reforma e a burguesia.


Catedral de Santiago de Compostela


• Características do Barroco


São características principais da arte barroca:

- o predomínio do emocional sobre o racional;
- o artista fica livre de qualquer regra ou padrão para liberdade de criação;
- busca de efeitos decorativos e visuais;
- a busca de forte realismo pela inspiração popular;
- composição dinâmica;
- predomínio da vertical sobre a horizontal com eliminação da linha reta, com fuga do geométrico;
- a estreita relação das artes, através da arquitetura e escultura intimamente ligadas;
- valorização do entalhe na construção de altares, com luxo na decoração e aplicação a ouro;
- pintura de tetos com efeitos ilusionistas;
- fachadas simples, contraste entre a simplicidade do exterior com a opulência decorativa do interior, era a tônica na arquitetura;
- violentos contrastes de luz e sombra eram marcantes na pintura;

"Baco adolescente", Caravaggio


• Origem e Difusão do Barroco


Rompendo os padrões estabelecidos pela escola classicista do Renascimento, surge em fins do século XVI uma nova tendência nas artes. É a escola denominada "Barroca", enfática, violenta, agitada, que domina todo o século seguinte. Procura fundir elementos da arte gótica e renascentista, rompendo ao mesmo tempo os valores aceitos. Abandona o senso de equilíbrio geométrico, buscando despertar surpresa e emoções. Neste intuito, foi pesquisada a utilização de efeitos "Pictóricos". Michelangelo é considerado por muitos precursor do barroco, pois já apresenta a força de expressão necessária para a obtenção de tais efeitos.

Por intermédio de complexos jogos especiais de luz e sombra, era obtido o contraste de diversos relevos de uma escultura. As proporções da figura humana, foram por vezes distorcidas para avivar a dramaticidade. Nesta linha, originam-se estilos particulares, influenciados por características regionais. O estudo da iluminação (luz e sombra) e da variedade de materiais utilizáveis no trabalho do escultor como preocupação central, a fim de que fossem obtidos os melhores efeitos, foi de uma importância determinante para os artistas dos séculos seguintes. Além de Michelangelo, Tintoretto e Ticiano também marcaram o início do barroco.

O novo estilo se definiu e se firmou, à atuação da Igreja Católica que teve seu prestígio abalado pela Reforma Protestante. O Concílio de Trento, dita normas para a arte religiosa, substituindo o humanismo renascentista pela busca dos valores sobrenaturais e religiosos. Embora tenha produzido excelentes obras no urbanismo e construção civil, o barroco se sobressai na arte religiosa.

O movimento brasileiro, influenciado pelo barroco português, apresentou suas próprias características, pois diferente da realidade portuguesa de luxo e pompa da aristocracia, o Brasil vivia uma realidade de violência, em que se perseguiam os índios e escravizavam os negros.

Links: http://www.brasilescola.com/historiag/barroco.htm

http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=246


Das trevas à luz: Platão e a alegoria da caverna


Platão (427-347 a.C.) formulou uma história conhecida como alegoria da caverna. Nela, há algumas pessoas que estão lá desde crianças, amarradas pelas pernas e pelo pescoço, de costas para a entrada da caverna, impedidas de saírem dali. Da luz que vem de fora e que se projeta no fundo da caverna, estas pessoas vêem as sombras de outras pessoas que passavam carregando toda espécie de objetos fora da caverna, estes prisioneiros ainda ouvem o eco dos barulhos que vêm lá de fora, já que lá alguns caminham conversando com outros – os prisioneiros pensam, portanto, que a realidade é a sombra que vêem e o eco que ouvem.

Estes prisioneiros faziam até concursos e concediam prêmios aos que distinguiam da melhor forma as sombras que eram observadas, aos que conseguiam primeiramente notar quais delas passavam e quais delas passavam acompanhadas de outras e, por fim, até de prever as próximas sombras que passariam.


Se fossem libertados, os prisioneiros continuariam a pensar que as sombras eram, de fato, o que havia de real no mundo; porém, caminhariam para fora da caverna e teriam a vista ofuscada, pouco a pouco acostumariam-se com a luz e conseguiriam ver as imagens deles mesmos projetadas na água, veriam os próprios objetos, veriam a lua e as estrelas. Já acostumados, conseguiriam voltar os olhos ao sol e o veriam, compreendendo enfim que ele seria o autor das projeções que haviam no fundo da caverna.


Ocorreu que um destes prisioneiros soltou-se e caminhou até a entrada da caverna, ele notou, então, que aquelas imagens vistas lá embaixo não passavam das sombras das coisas que estavam fora da caverna e que estas eram a realidade. Encantado com o que viu, ele retornou à caverna, já que sentiu enorme piedade dos seus companheiros de cárcere, contando tudo o que havia visto. Ele sentiu as trevas em seus olhos, já que havia se acostumado a olhar para a verdadeira luz, e tinha muita dificuldade em distinguir as sombras (seria preciso mais tempo para ele se acostumar com as trevas novamente). Os outros prisioneiros, então, consideraram que não valia à pena sair da caverna, defenderam-se daquele que tentou tirar-lhes de lá e até o mataram.


Para Platão, Sócrates (470-399 a.C.), seu grande mestre, foi quem viu a luz, quem retirou a alma da escuridão e a iluminou para, em seguida, retornar à caverna e dizer que tudo que ali havia não era real, mas sombra, ilusão. Viu o que cada sombra representava melhor que ninguém porque viu, também, a sua verdadeira forma fora da caverna e voltou para dizer aos prisioneiros qual era a essência daquilo que eles viam. O que fez Sócrates foi iluminar seu espírito com uma sabedoria que o retirou das trevas.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Alunos realizam trabalho com eficiência



Alunos(as) da 1ª Série do Ensino Médio responderam de forma satisfatória pequeno trabalho em aula, sobre o Brasil Holandês e a crise que envolveu a comercialização do açúcar. As questões poderão estar na prova do 3º bimestre!

Download em http://w17.easy-share.com/1701379863.html

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Adolf Hitler


O ditador alemão que disseminou idéias anti-semitas por todo o mundo


Adolf Hitler, ditador alemão, nasceu em 1889 na Áustria. Filho de Alois Hitler e Klara Poezl, alistou-se voluntariamente no exército bávaro no começo da Primeira Guerra Mundial. Tornou-se cabo e ganhou duas vezes a Cruz de Ferro por bravura.

Depois da desmobilização do exército, Hitler associou-se a um pequeno grupo nacionalista, o Partido dos Trabalhadores Alemães, que mais tarde se tornou o Partido Nacional-Socialista Alemão (nazista).

Em Viena, ele havia assimilado as idéias anti-semitas (contra os judeus)que, insufladas por seus longos discursos contra o Acordo de Paz de Versalhes e o marxismo, encontraram terreno fértil em uma Alemanha humilhada pela derrota.

Em 1921, tornou-se líder dos nazistas e, dois anos mais tarde, organizou uma malograda insurreição, o "putsch" de Munique. Durante os meses que passou na prisão com Rudolph Hess, Hitler ditou o Mein Kampf (Minha Luta), um manifesto político no qual detalhou a necessidade alemã de se rearmar, empenhar-se na auto-suficiência econômica, suprimir o sindicalismo e o comunismo, e exterminar a minoria judaica.

Em 1929, ganhou um grande fluxo de adeptos, de forma que, ajudado pela violência contra inimigos políticos, seu partido floresceu. Após o fracasso de sucessivos chanceleres, o presidente Hindenburg indicou Hitler como chefe do governo (1933).

Hitler criou uma ditadura unipartidária e no ano seguinte eliminou seus rivais na "noite das facas longas". Com a morte de Hindenburg, ele assumiu o título de presidente do Reich Alemão. Começou então o rearmamento, ferindo o Tratado de Versalhes, reocupou a Renânia em 1936 e deu os primeiros passos para sua pretendida expansão do Terceiro Reich: a anexação com a Áustria em 1938 e a tomada da antiga Tchecoslováquia.

O ditador firmou o pacto de não-agressão nazi-soviético com Stalin, a fim de invadir a Polônia, mas quebrou-o ao atacar a Rússia em 1941. A invasão à Polônia precipitou a Segunda Guerra Mundial.

Seguia táticas "intuitivas", indo contra conselhos de especialistas militares, e no princípio obteve vitórias maciças. Em 1941, assumiu o controle direto das forças armadas. Como o curso da guerra mostrou-se desfavorável à Alemanha, decidiu intensificar o assassinato em massa, que culminou com o holocausto judeu.

Conhecido como um dos piores massacres da história da humanidade, o holocausto -termo utilizado para descrever a tentativa de extermínio dos judeus na Europa nazista- teve seu fim anunciado no dia 27 de janeiro de 1945, quando as tropas soviéticas, aliadas ao Reino Unido, Estados Unidos e França na Segunda Guerra Mundial, invadiram o campo de concentração e extermínio de Auschwitz-Birkenau, em Oswiecim (sul da Polônia). No local, o mais conhecido campo de concentração mantido pela Alemanha nazista de Adolf Hitler, entre 1,1 e 1,5 milhão de pessoas (em sua maioria judeus) morreram nas câmaras de gás, de fome ou por doenças.

Ainda em 1945, quando o exército soviético entrou em Berlim, Hitler se casou com a amante, Eva Braun. Há evidências de que os dois cometeram suicídio e tiveram seus corpos queimados em um abrigo subterrâneo em 1945.
Fonte: http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u103.jhtm
Acessado em 26/08/2008

Obs: Algumas pessoas afirmam que Hitler foi o 1º emo.... para rir, veja:
http://desciclo.pedia.ws/wiki/Adolf_Hitler

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Crise na colônia: Domínio Espanhol e Brasil Holandês

É claro que eu desapareci de Portugal! Ó gajos, acham que vou ficar a andar pelo Réino com essa saia de ferro?! É uma vérgonha ópa!


Comentamos em aula: O rei morreu, a coroa caiu na mão de um espanhol... era o fim dos negócios de açúcar com a Holanda!


D. Sebastião, rei de Portugal, morreu em 1578 durante a batalha de Alcácer-Quibir contra os mouros sem deixar herdeiros diretos. Entre 1578 e 1580 o reino de Portugal foi governado por D. Henrique, tio-avó de D. Sebastião - que também morreu sem deixar herdeiros.
Foi neste contexto que o rei da Espanha, Filipe II, neto de D. Manuel invadiu Portugal com suas tropas e assumiu o trono, iniciando o período da União Ibérica, onde Portugal ficou sob domínio da Espanha até 1640.

Com o domínio espanhol sob Portugal, as colônias portuguesas ficaram sob a autoridade da Espanha. Este domínio implicou mudanças na administração colonial: houve um aumento da autoridade do provedor-mor para reprimir as corrupções administrativas; houve uma divisão da colônia em dois Estados: o Estado do Maranhão ( norte ) e o Estado do Brasil ( sul ), com o objetivo de exercer um maior controle sobre a região.

Outras conseqüências da União Ibérica: suspensão temporária dos limites impostos pelo Tratado de Tordesilhas, contribuindo para a chamada expansão territorial; invasão holandesa no Brasil.

Mais em http://pt.wikipedia.org/wiki/Sebasti%C3%A3o_de_Portugal
Ou http://desciclo.pedia.ws/wiki/Dom_Sebasti%C3%A3o

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Um panorama da II Guerra Mundial

1 - O PERÍODO ENTRE GUERRAS

Ao fim da 1ª Guerra Mundial, o Tratado de Versalhes impõe severas e humilhantes punições à Alemanha, que, além de perdas territoriais, vê seu exército desarmado e reduzido, fica proibida de fabricar armamentos e é obrigada ao pagamento de pesadas indenizações de guerra à Grã-Bretanha e à França.
Isso ajudaria a compreender o nacionalismo radical despertado na Alemanha no curto período que antecedeu a 2ª Guerra.
Cabe analisar a política internacional depois da 1ª Guerra, a grande crise econômica nos Estados Unidos, em 1929, e suas conseqüências no mundo todo.

2 - A CONSTRUÇÃO DA GUERRA
"Exigimos terras para alimentar o nosso povo e nelas instalar nossa população excedente". Este brado do programa do Partido Nacional Socialista (NAZI), começa a ser posto em prática com a anexação da Áustria e a ocupação da Tchecoslováquia por tropas alemãs, sem qualquer reação por parte do resto da Europa.

Na Conferência de Munique, Grã-Bretanha e França chegam a dar legitimidade à ação alemã na Tchecoslováquia. Mas quando Hitler ocupa a Polônia, aliada dos britânicos, Londres sente-se ameaçada e declara guerra à Alemanha. A França faz o mesmo.
Nesse tema, cabe uma reflexão sobre a ascensão do fascismo em Portugal e na Espanha, o expansionismo italiano na África e o expansionismo japonês na Ásia; e o acordo mútuo de não agressão entre a União Soviética de Stalin e a Alemanha de Hitler.


Fonte: http://www.tvcultura.com.br/aloescola/historia/anosdechumbo/index.htm
Acesso em 18-08-2008




Segunda Guerra Mundial, ideologia na guerra


Segunda Guerra Mundial
Conflito matou milhões de pessoas

Ana Paula Corti


A Segunda Guerra Mundial, entre 1939 e 1945, possibilitou o desenvolvimento pleno de tendências sociais latentes no mundo, após a Primeira Guerra Mundial. Envolveu interesses econômicos, mas foi marcada também pela defesa de interesses ideológicos que punham em disputa várias visões sobre a política, o homem e a sociedade.

O mundo estava tomado pelas doutrinas do fascismo, na Itália, do nazismo e do anti-semitismo na Alemanha e do comunismo na União Soviética. A guerra refletiu a disputa econômica e política dos grandes países industrializados, mas também um confronto em torno do melhor modelo ideológico capaz de orientar, naquele momento histórico, o desenvolvimento da humanidade. Em campos diferentes se defrontavam três sistemas políto-econômicos: as democracias liberais capitalistas, os nazi-fascistas e os comunistas.

No âmbito das relações exteriores o mundo apresentava um equilíbrio precário, desde o fim da Primeira Guerra, em 1918. Este foi testado ao extremo diante da política expansionista alemã liderada por Hitler, ao mesmo tempo em que se consolidava o regime comunista na União Soviética. Em 1938, a Alemanha ocupou a Áustria e, posteriormente, a região de Sudetos na Tchecoslováquia, deixando claro que os planos militares de Hitler não se limitavam aos territórios de língua alemã. O nazismo, que até então era visto como uma possível defesa contra o comunismo pelas democracias liberais, começava a revelar-se uma faca de dois gumes.


Conferência de Munique
Diante dessa ofensiva, os chefes de Estado da Inglaterra, da França, da Itália e da Alemanha reuniram-se na cidade de Munique (Conferência de Munique). O resultado dessa negociação foi o reconhecimento do direito alemão de anexar a região dos Sudetos, cuja população tinha origem germânica em sua maioria. Assim, o nazismo parecia estar com o caminho aberto para seus objetivos expansionistas e nacionalistas.

Há historiadores que analisam a Conferência de Munique como uma forma de a França e a Inglaterra "empurrarem" a Alemanha contra a União Soviética, já que a reunião legitimou a invasão alemã de um território que dava passagem à Rússia. Ao perceber a complacência francesa e inglesa, Hitler ganhou mais confiança. Ao mesmo tempo, assinou um pacto de não-agressão com o ditador russo Josef Stálin. Em setembro de 1939, tropas alemãs invadiram a Polônia, dando início à guerra que, até seu final, em 1945, mataria cerca de 40 milhões de pessoas.

As idéias racistas e de superioridade germânica difundidas pelo nazismo desde 1933, quando Hitler subiu ao poder, foram o fermento ideológico que uniu fortemente o povo alemão em torno dessa verdadeira cruzada, empreendida em nome da construção de um império ariano.


Ações de extermínio
A Polônia foi o exemplo mais trágico dos objetivos e das disposições da política nazista. Cerca de 5,8 milhões de poloneses foram exterminados pelos alemães, e destes apenas 123 mil eram militares. Ou seja, o alvo dos alemães eram principalmente os civis judeus, que formavam parte significativa da população polonesa. Assim, desde a invasão da Polônia de 1939, ficou claro que, para a Alemanha, essa seria uma guerra de extermínio dos povos que o nazismo considerava inferiores ou indesejáveis: além dos judeus, os eslavos e ciganos, sem falar em homossexuais e nos deficientes físicos e mentais.

Para eles, foram criados campos de concentração, como Treblinka, Auschwitz, Birkenau e Sobibor, onde os "indesejáveis" eram exterminados em ritmo industrial. Havia, inclusive, a preocupação das autoridades alemãs em criar métodos mais eficientes e baratos de matar um maior número de pessoas no menor tempo possível. Vale lembrar também que o dinheiro e os bens dessas pessoas - em especial dos judeus - eram expropriados pelos nazistas, que tentaram lucrar inclusive com os cadáveres, fabricando sabão com gordura humana e botões com ossos.


A guerra na Europa
Depois da rápida vitória sobre a Polônia, as tropas alemãs não pararam mais. Atacaram primeiramente a França, que também sucumbiu em poucos dias, e depois a Inglaterra, que resistiu heroicamente e enfrentaria os alemães e seus aliados, italianos e japoneses, até o fim da guerra, na Europa, no norte da África e no Oriente. O primeiro-ministro britânico Winston Churchill foi o primeiro estadista ocidental a perceber a ameaça nazista e a ela se opor tenazmente, malgrado, Hitler, a princípio, manifestasse interesse num armistício com os ingleses.

Em meados de 1941, rompendo o acordo com Stálin, Hitler decidiu atacar a União Soviética. Contrariando as estratégias de seus generais, que queriam primeiro tomar Moscou, fez questão de invadir Leningrado, símbolo da Revolução Russa de 1917. No entanto, Leningrado resistiu bravamente, embora a cidade tenha ficado sem luz e sem suprimentos, sob um cerco que durou 900 dias.

Os russos, porém, não se rendiam e contaram com a aliança com seu inverno austero, ao qual os alemães não estavam acostumados. Ainda assim, as tropas nazistas chegaram a 30 quilômetros de Moscou, decididos a tomar a cidade. Foi quando se deu a virada no chamado front oriental europeu. O general Zukhov, comandante do exército vermelho, conevenceu Stálin a trazer para a Europa as tropas russas estacionadas na Ásia, o extremo oriente da União Soviética, por temor a uma invasão japonesa. Esses reforços tiveram um papel decisivo na contenção dos nazistas.