segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Santa das causas virtuais!


























Quem nunca ganhou uma "Oração à Santo Expedito" ou outro qualquer, sem ter pedido? Essa semana encontrei um "santinho", ou melhor, santinha, diferente. Resolvi escanear e postar aquí para compartilhar com os visitantes do blog. Segue abaixo a oração:

"SANTA DAS CAUSAS VIRTUAIS
Gloriosa Santa Millagrosa ilumina com sua Vella meus caminhos virtuais, minha memória e meus arquivos. Leva meus e-mails. Gloriosa mártir dos ataques de hackers, das interrupções de downloads, dos bugs e dos crashs. Me protege dos vírus. Gloriosa mártir! Portadora da web, da internet e dos sites, intercedei por nós. Livrai-nos dos flagelos de filtros anti-spam, de senhas incorretas e da quebra de disco rígido. Gloriosa mártir! Nas viagens virtuais de terra, subterrâneo, mar e ar, livrai-nos da perdição e corrupção dos arquivos. Leve-nos ao Google, ao Second Life, ao Facebook, ao Myspace; ao Youtube ... até o porto seguro da felicidade eterna. Imploramos por updates nos nossos computadores.
Salve navegantes!
Amém"
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terça-feira, 10 de novembro de 2009

O Che

Che Guevara
Ernesto Guevara de la Serna, conhecido por Che Guevara ou El Che (Rosário, Argentina, em 14 de Junho de 1928 - La Higuera, Bolivia, 9 de Outubro de 1967), guerrilheiro revolucionário e homem político.





"Nasci na Argentina; não é um segredo para ninguém. Sou cubano e também sou argentino e, se não se ofendem as ilustríssimas senhorias da América Latina, me sinto tão patriota da América Latina, de qualquer país da América Latina, que no momento em que fosse necessário, estaria disposto a entregar a minha vida pela liberação de qualquer um dos países da América Latina, sem pedir nada para ninguém, sem exigir nada, sem explorar ninguém."











Outro dia, uma aluna do 1º ano trouxe para aula algumas revistas de história, todas com capa vinculada à Cuba, à Revolução e ao Che. E eu que pensava que minha geração havia sido a última a cultuar esses verdadeiros símbolos da luta contra a opressão!

Deixando de lado essas observações, me pergunto: Como afinal apresentar essa lendária figura a quem jamais ouviu falar, ou pouco sabe sobre quem foi e o que representa Che Guevara? Existem muitas formas, dependendo do objetivo e da ideologia de quem cumpre a tarefa.

Assim, pesquisando na internet, encontramos de tudo: Páginas de partidos políticos defendendo ou desdenhando, jornalistas e historiadores que quando bem remunerados, reproduzem a fala de seus patrões contra Cuba e o socialismo. Não é preciso disfarçar a ideologia quando se fala de Cuba. Ou se crê em Deus, ou no diabo. O caso é que o diabo de uns, é o deus de outro!

Ernesto Guevara de La Serna nasceu na cidade argentina de Rosário, no dia 14 de junho de 1928. Sua família era rica, porém de idéias socialistas, tanto é que na biblioteca de sua casa havia obras de Marx, Engels e Lenin, com os quais se familiarizou ainda na adolescência. .Além de médico, foi guerrilheiro revolucionário e homem político.

Durante o ano de 1952, conforme retratado no filme "Diários de Motocicleta'"de Walter Salles, Che realizou sua primeira jornada pela América Latina, uma viagem de mais de 10 mil Km! No ano seguinte, realiza nova viagem pelos demais países, e ao tomar conhecimento da penúria em que se encontravam as populações pobres, subjugadas pelos capitalistas estadunidenses em conluio com as elites tropicais, Che dá mostras de seu profundo humanismo, ao passo que vai se agigantando seu modo de pensar revolucionário e sua postura antiimperialismo.
Em 1954, convencido de que somente a Revolução poderia mudar o rumo do continente, Che se une ao movimento de revolucionários cubanos apoiadores de Fidel Castro, partindo do México para tomar Cuba, sendo vitoriosos em 1958. A partir de então, Che Guevara torna-se a mão direita de Castro no governo, onde desenpenha diversas funções até 1966, quando parte para uma missão na Bolívia. Che foi assassinado pelo exército boliviano em 1967, passando da vida ao mito, da luta pela justiça social e pelo combate ao imperialismo ianque.

Hoje, quando se vive uma crise do capitalismo, que demonstra ser incapaz de evitar o aumento da desigualdade, da miséria, das epidemias em nível global, assim como causador do esgotamento dos recursos naturais do planeta e da consequente aniquilação da vida humana na Terra, é o momento de rever alguns ideais tão esquecidos, como os defendidos por Che e por tantos outros.

Agradecimentos a Cassiane, da 115 t, pela Caros Amigos de 22/10/2004, de onde retirei várias imagens.

Ouça aqui Chico Buarque e Luis Eduardo Aute cantando a linda
"Hasta siempre comandante Che Guevara"

- - Hasta siempre Comandante - Èñïàíñêèé
Found at skreemr.com


segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O que é o Blog?


Criado pelo professor Daniel, (Orkut) (whohub) "Clio em Esteio!!!" foi pensado como um espaço para discussão e para o oferecimento de textos que complementam as aulas de história, voltado aos alunos do ensino médio.

Clio é a musa da história e da criatividade, aquela que divulga e celebra as realizações. Preside a eloqüência, sendo a fiadora das relações políticas entre homens e nações.
É representada como uma jovem coroada de louros, trazendo na mão direita uma trombeta e, na esquerda, um livro intitulado "Thucydide" (ver Tucídides). Outras representações apresentam-na segurando um rolo de pergaminho e uma pena, atributos que, às vezes, também acompanham Calíope.
Clio é considerada a inventora da guitarra. Em algumas de suas estátuas traz esse instrumento em uma das mãos e, na outra, um plectro (palheta). Um dos nove livros de Heródoto leva o nome de Clio em homenagem à deusa. (wikipédia)

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quarta-feira, 4 de novembro de 2009

A Violência no Brasil

O Brasil é considerado um dos países mais violentos do mundo. O índice de assaltos, seqüestros, extermínios, violência doméstica e contra a mulher é muito alto e contribui para tal consideração. Suas causas são sempre as mesmas: miséria, pobreza, má distribuição de renda, desemprego e desejo de vingança.

A repressão usada pela polícia para combater a violência gera conflitos e insegurança na população que nutrida pela corrupção das autoridades não sabe em quem confiar e decide se defender a próprio punho, perdendo seu referencial de segurança e sua expectativa de vida.

O governo, por sua vez, concentra o poder nas mãos de poucos, deixando de lado as instituições que representam o povo. A estrutura governamental torna a violência necessária, em alguns aspectos, para a manutenção da desigualdade social. Não se sabe ao certo onde a violência se concentra, pois se são presos sofrem torturas, maus tratos, descasos, perseguições e opressões fazendo que tenham dentro de si um desejo maior e exagerado de vingança.

Se a violência se concentra fora dos presídios, é necessário que haja um planejamento de forma que se utilize uma equipe específica que não é regida pela força, autoridade exagerada e violenta. Medidas precisam ser tomadas para diminuir tais fatos, mas é preciso que se atente para a estrutura que vem sendo montada para decidir o futuro das cidades brasileiras.

Não é necessário um cenário de guerra com armas pesadas no centro das cidades, mas de pessoal capacitado para combater a violência e os seus causadores. Um importante passo seria cortar a liberdade excessiva que hoje rege o país, aplicar punições mais severas aos que infringirem as regras e diminuir a exploração econômica.

Por Gabriela Cabral
Equipe Brasil Escola

O Populismo

Vargas, Perón e Rujas: exemplos dos governos populistas estabelecidos no continente americano.

O populismo foi um tipo de situação política experimentada na América Latina entre as décadas de 1930 e 1960, que teve como grande contexto propulsor a crise de 1929. Nessa época, várias das nações latinas – vistas como portadoras de uma economia periférica – viveram uma fase de desenvolvimento econômico seguido pelo crescimento dos centros urbanos e a rearticulação das forças sociais e políticas. Foi em meio a essas transformações diversas que a prática populista ganhou terreno.

A política populista é marcada pela ascensão de líderes carismáticos que buscam sustentar sua atuação no interior do Estado através do amplo apoio das maiorias. Muitas vezes, abandona o uso de intermediários ideológicos ou partidários para buscar na “defesa dos interesses nacionais” uma alternativa às tendências políticas de sua época, sejam elas tradicionalistas, oligárquicas, liberais ou socialistas. De diferentes formas, propaga a crença em um líder acima de qualquer outro ideal.

No campo de suas ações práticas, a tendência populista prioriza o atendimento das demandas das classes menos favorecidas, colocando tal opção como uma necessidade urgente frente aos “inimigos da nação”. De fato, o populismo permitiu a participação política de grupos sociais que historicamente foram completamente marginalizados das arenas políticas latino-americanas. Contudo, esse tipo de ação das camadas populares junto ao Estado não pode ser confundida com o exercício da democracia plena.

Uma das contradições mais marcantes do populismo consiste em pregar a aproximação ao povo, mas, ao mesmo tempo, estabelecer mecanismo de controle que permitam o aparecimento de tendências políticas contrárias ao poder vigente. De tal maneira, os governos populistas também são marcados pela desarticulação das oposições políticas e a troca dos “favores ao povo” pelo apoio incondicional ao grande líder responsável pela condução do país.

Além do autoritarismo e do assistencialismo, os governos populistas também tem grande preocupação com o uso dos meios de comunicação como instrumento de divulgação das ações do governo. Por meio da instalação ou do controle desses meios, o populismo utiliza de uma propaganda oficial massiva que procura se disseminar entre os mais distintos grupos sociais através do uso irrestrito das rádios, jornais, revistas e emissoras de televisão.

A ascensão dos regimes populistas sempre foi vista com certa desconfiança por determinados grupos políticos internos ou estrangeiros. A capacidade de mobilização das massas estabelecidas por tais governos, o apelo aos interesses nacionais e a falta de uma perspectiva política clara poderia colocar em risco os interesses defendidos pelas elites que controlavam a propriedade das terras ou das forças produtivas do setor industrial.

Dessa forma, podemos compreender que o populismo entrará em crise no momento em que não consegue mais negociar os interesses – muitas vezes antagônicos – das elites econômicas e das classes trabalhadoras. Quando as tensões políticas e sociais chegaram a tal ponto, podemos ver que grupos nacionais conservadores buscaram apoio político internacional, principalmente dos Estados Unidos, para varrer o populismo por meio da instalação de ditaduras que surgiram entre as décadas de 1950 e 1970.

Na América Latina, os exemplos de experiência populistas podem ser compreendidos na ascensão dos governos de Juan Domingo Perón (1946 – 1955/1973 – 1974), na Argentina; Lázaro Cárdenas (1934 – 1940), no México; Gustavo Rojas Pinilla (1953 – 1957), na Colômbia; e Getúlio Vargas (1930 – 1945/ 1951 – 1954), no Brasil. Apesar de se reportar a uma prática do passado, ainda hoje, podemos notar a presença de algumas práticas populistas em governos estabelecidos na América Latina.


Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola