Ernesto Guevara de la Serna, conhecido por Che Guevara ou El Che (Rosário, Argentina, em 14 de Junho de 1928 - La Higuera, Bolivia, 9 de Outubro de 1967), guerrilheiro revolucionário e homem político.
"Nasci na Argentina; não é um segredo para ninguém. Sou cubano e também sou argentino e, se não se ofendem as ilustríssimas senhorias da América Latina, me sinto tão patriota da América Latina, de qualquer país da América Latina, que no momento em que fosse necessário, estaria disposto a entregar a minha vida pela liberação de qualquer um dos países da América Latina, sem pedir nada para ninguém, sem exigir nada, sem explorar ninguém."Outro dia, uma aluna do 1º ano trouxe para aula algumas revistas de história, todas com capa vinculada à Cuba, à Revolução e ao Che. E eu que pensava que minha geração havia sido a última a cultuar esses verdadeiros símbolos da luta contra a opressão!
Deixando de lado essas observações, me pergunto: Como afinal apresentar essa lendária figura a quem jamais ouviu falar, ou pouco sabe sobre quem foi e o que representa Che Guevara? Existem muitas formas, dependendo do objetivo e da ideologia de quem cumpre a tarefa.
Assim, pesquisando na internet, encontramos de tudo: Páginas de partidos políticos defendendo ou desdenhando, jornalistas e historiadores que quando bem remunerados, reproduzem a fala de seus patrões contra Cuba e o socialismo. Não é preciso disfarçar a ideologia quando se fala de Cuba. Ou se crê em Deus, ou no diabo. O caso é que o diabo de uns, é o deus de outro!
Ernesto Guevara de La Serna nasceu na cidade argentina de Rosário, no dia 14 de junho de 1928. Sua família era rica, porém de idéias socialistas, tanto é que na biblioteca de sua casa havia obras de Marx, Engels e Lenin, com os quais se familiarizou ainda na adolescência.
.Além de médico, foi guerrilheiro revolucionário e homem político.
Durante o ano de 1952, conforme retratado no filme "Diários de Motocicleta'"de Walter Salles, Che realizou sua primeira jornada pela América Latina, uma viagem de mais de 10 mil Km! No ano seguinte, realiza nova viagem pelos demais países, e ao tomar conhecimento da penúria em que se encontravam as populações pobres, subjugadas pelos capitalistas estadunidenses em conluio com as elites tropicais, Che dá mostras de seu profundo humanismo, ao passo que vai se agigantando seu modo de pensar revolucionário e sua postura antiimperialismo.
Em 1954, convencido de que somente a Revolução poderia mudar o rumo do continente, Che se une ao movimento de revolucionários cubanos apoiadores de Fidel Castro, partindo do México para tomar Cuba, sendo vitoriosos em 1958. A partir de então, Che Guevara torna-se a mão direita de Castro no governo, onde desenpenha diversas funções até 1966, quando parte para uma missão na Bolívia. Che foi assassinado pelo exército boliviano em 1967, passando da vida ao mito, da luta pela justiça social e pelo combate ao imperialismo ianque.
Hoje, quando se vive uma crise do capitalismo, que demonstra ser incapaz de evitar o aumento da desigualdade, da miséria, das epidemias em nível global, assim como causador do esgotamento dos recursos naturais do planeta e da consequente aniquilação da vida humana na Terra, é o momento de rever alguns ideais tão esquecidos, como os defendidos por Che e por tantos outros.
Agradecimentos a Cassiane, da 115 t, pela
Caros Amigos de 22/10/2004, de onde retirei várias imagens.
Ouça aqui Chico Buarque e Luis Eduardo Aute cantando a linda
"Hasta siempre comandante Che Guevara"