quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Os deuses Iorubás, a mitologia Greco Romana e o sincretismo com o catolicismo

EXU


Exu é o primeiro Orixá, aquele que é mais desconhecido e por isso mesmo, temido. Comece tirando da cabeça a ligação que outras crenças tentaram fazer de Exu com demônio e substitua esse conceito por mensageiro, pois esse é o Orixá que faz a ligação entre os seres humanos e os outros Orixás. Na mitologia ele é Hermes ou Mercúrio.

Ele contém um poder imenso de renovação, de acabar com o que está velho e gasto para recriar o novo e vigoroso. Sob esse prisma, ele é um Orixá benéfico, com poder de revigorar as pessoas.


OGUM

Ogum é um poderoso Orixá, dono do ferro e do fogo. Ele é um guerreiro, um lutador que defende a lei e a ordem. Este Orixá abre os caminhos e vence as lutas, protegendo os mais fracos. Todas as lutas, as vitórias, as conquistas são presididas por Ogum.

Poderá traçar um paralelo entre Ogum e os deuses Marte e Ares da mitologia greco-romana. Ambos são impulsivos, violentos, guerreiros e leais.


OXÓSSI

Oxóssi é o Orixá da caça, que vive nas matas para cuidar dos animais. É ele quem torna a caça abundante e garante a alimentação do povo. Como habitante das florestas, está sempre perto de Ossãe, a Orixá das folhas, por essa proximidade é ele quem pode trazer aos homens as plantas curativas.

Poderá traçar um paralelo entre Oxóssi e os deuses Mercúrio e Hermes da mitologia greco-romana, num aspecto diferente do que é ligado a Exu, cuja função única de mensageiro traça o paralelo com esses deuses. Para a relação com Oxóssi vemos as qualidades da rapidez, da mudança, da curiosidade, da leveza.


XANGÔ

Xangô é o Orixá dos reis, dos justos, dos juízes e dos poderosos. Ele próprio foi um rei guerreiro, que enriqueceu seu povo com muitas conquistas que fez. O seu trabalho entre os homens é cobrar de quem deve e premiar quem merece, agindo com sabedoria, justiça e poder.

Para ter uma melhor noção sobre sua função entre os Orixás, poderá traçar um paralelo entre Xangô e os deuses Júpiter e Zeus da mitologia greco-romana. Ambos são superiores na hierarquia dos deuses, encarregados de fazer cumprir a lei e processar julgamentos.


IANSÃ

Ela é a senhora dos ventos, das tempestades. Uma Orixá altiva, guerreira, poderosa. Essa Orixá é independente, nunca se deixa dominar pelos Orixás masculinos, só obedece a si própria. Ela é valente e briguenta, não aceita ordens nem escuta desaforos. Iansã tem o poder de controlar a ação dos espíritos negativos.

Pode comparar a função dela com as deusas Juno e Hera da mitologia greco-romana. Ambas são fortes, justas e lutadoras.


IEMANJÁ

Ela é a senhora do mar, Iemanjá é o próprio mar divinizado. Essa Orixá representa a beleza, a família, a maternidade e o amor. Suas funções mágicas vêm de épocas remotas, pois todas as civilizações sempre endeusaram a mulher ligada ao mar.

Iemanjá tem relação com as deusas Vênus e Afrodite da mitologia greco-romana. Ambas são belas, férteis, sedutoras e doadoras.


OMULU

Omulu é o Orixá das doenças, ele preside a morte e o tratamento médico. Seu respeito dentro do Candomblé é grande. Sua ação na natureza é realizar a eliminação, dando fim ao que não serve mais. Ele traz a doença e também as pesquisas para os remédios da cura. Tudo que está sob sua influência demora, é um Orixá lento.

Omulu tem relação com os deuses Saturno e Cronos da mitologia greco-romana. Ambos são lentos, kármicos e solitários.


OXALÁ

Oxalá é o pai de todos, o Orixá maior, o amor universal. Sua ação se manifesta através da fé, da luz, da razão e da paz.

Oxalá e o deus Apolo da mitologia greco-romana são afins. Esse deus personifica a luz, pois está relacionado com o Sol, ele é o portador da vida, o estímulo a tudo que está criado, o bem e a ordem universal.


OXUM

Oxum é a Orixá da fertilidade, a dona do ouro e do leite. Ela simboliza o amor, a união, o casamento. Ela é muito vaidosa, é uma protetora da beleza das mulheres. Essa Orixá cuida das criancinhas desencarnadas.

Para ter uma melhor noção sobre sua função entre os Orixás, poderá traçar um paralelo entre Oxum e as deusas Vênus e Afrodite da mitologia greco-romana, tal como Iemanjá. Veja em Oxum as qualidades do crescimento, do acolhimento e da maternidade que essas deusas possuem. Ambas são mães.


NANÃ

Nanã é a Orixá mais velha, a que tem mais sabedoria, a mais respeitada, que todos ouvem. Ela é a avó, dona do barro com o qual Obatalá fez os homens. Dona da justiça, tinha o cargo de juíza. Nanã habita o fundo do mar, os pântanos e os brejos, também está nos poços profundos. É a vovó.

Pode ligar Nanã às deusas Cibele e Réia da mitologia greco-romana. Ambas são férteis e doadoras.


LOGUM EDÉ

Logum significa caçador. Logum Edé é um Orixá singular, vive seis meses na mata comendo caça e seis meses embaixo d'água, comendo peixe. Filho de Oxóssi e Oxum, esse Orixá é andrógino.

Logum Edé tem relação com o deus Hermafrodito da mitologia greco-romana, filho de Hermes e Afrodite (Vênus). Características dele são a volubilidade, a facilidade, a beleza e o refinamento.


OSSÃE

Ossãe é a protetora das folhas, ela conserva o segredo da cura através das plantas, seja de forma mágica ou medicinal. Dizem que Ossãe tem uma perna só, por isso se oculta nas folhagens. Antes ela era um Orixá masculino, mas conquistou Oxóssi com o feitiço das suas folhas e agora é considerada uma Orixá feminina.

Para ter uma melhor noção sobre sua função entre os Orixás, poderá traçar um paralelo entre Ossãe e os deuses Esculápio ou Asclépio da mitologia greco-romana. Ambos são curadores e manipulam remédios.


OXUMARÉ

Oxumaré é um Orixá que não é masculino nem feminino, com sua dualidade ele carrega todos os opostos dentro de si. Filho de Nanã e Oxalá, ele é a serpente que morde a própria cauda.

Pode comparar Oxumaré e a deusa Íris da mitologia grega, a deusa do arco-íris, mas as qualidades não são semelhantes em tudo.


EUÁ

Euá é a dona do céu cor de rosa, a Orixá da beleza e da vidência. Ela raramente aparece e por não ser muito cultuada no Brasil, está um pouco esquecida. Governa o casamento e todas as associações. A cobra coral é seu símbolo em algumas linhas, ela é esposa de Omulu.

Euá tem alguma relação com as deusas Minerva, Palas e Atena da mitologia greco-romana. Ambas são justas, poderosas e fortes.


OBÁ

Obá é uma guerreira brava, forte e leal. Uma Orixá incompreendida e valorosa, pouco conhecida. Na África ela é um rio, que leva seu nome, por isso está ligada à água doce revolta.

Poderá traçar um paralelo entre Obá e as deusas Artêmis e Diana da mitologia greco-romana. Ambas são guerreiras e leais.


IBEIJIS

A essência dos Ibeijis é o nosso lado infantil, a criança que fomos e sempre manteremos viva em nosso interior. O nosso lado mais infantil, puro e alegre está relacionado com Ibeijis. Mas também nossa falta de maturidade e pouco senso para lidar com as obrigações está sob influência dessa energia.

Por essa razão, sempre há em cada pessoa um Ibeiji e ninguém é filho deles.





Sincretismo - Muitos usam o sincretismo para poderem situar-se com os orixás. O sincretismo nada mais é do que relacionar o nome do orixá com um santo católico, por exemplo:





Oxalá
( Jesus Cristo )
Amor, caridade, fé, compaixão, simplicidade, humildade, benevolência, perdão, altruísmo. É o mais evoluído de todos os Orixás.

Bebiba - Água
Comida - Canjica Branca
Vela - Branca




Iemanjá ( Nossa Senhora )
Senhora do mar, mãe das águas. Comanda a falange da sereias, ondinas e entidades que trabalham na força do mar.

Bebiba - Champagne Branca
Comida - Manjar de côco
Vela - Azul





Oxum ( Nossa Senhora Aparecida )
Domina as águas doces (rios), comanda suas linhas transmitindo amor e fraternidade para seus filhos.
Bebiba - Vinho Branco Doce
Comida - Canjica Amarela
Vela - Rosa




Iansã ( Santa Bárbara )
Guerreira, senhora dos trovões e das chuvas. Podemos sempre pedir proteção a ela para que tenhamos segurança em nossos caminhos e também em nossa vida.

Bebiba - Vinho Branco Doce
Comida - Farinha de milho com azeite de dendê e mel.
Vela - Amarela




Xangô ( São Jerônimo )
Representante da justiça divina, é também o Senhor do fogo, habita as pedreiras. Para quem precisa de justiça este é o orixá certo para pedir , pois é ele quem nos protege das injustiças desse mundo.

Na lei da Justiça: “Quem deve paga, quem merece recebe.”

Bebiba - Cerveja preta
Comida - Acém com Quiabo
Vela - Marrom




Ogum ( São Jorge )
Valente guerreiro, quebra as demandas e da proteção nos nossos caminhos. Ogum trabalha sob a Lei Divina e comanda também falanges de Exu, para que somente o bem seja feito em prol da Umbanda.

Bebiba - Cerveja branca
Comida - Frango Assado
Vela - Vermelha




Oxossi (São Sebastião)
Rei das matas, rege toda a linha de caboclos e caboblas.

Bebiba - Vinho Tinto
Comida - Mandioca com mel, milho cozido, frango assado, frutas
Vela - Verde





Omulu (São Lázaro/São Roque)
Dono do cemitério. Comanda a linha das Almas e também dos Exús e Pombas-gira que trabalham sob a força do cemitério.

Bebiba - Água
Comida - Pipoca estourada no azeite de dendê e mel.
Vela - Branca/Preta

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Valentão



Em nome do Estado democrático de direito, policial chileno valentão usa a sua enorme capacidade de persuasão para convencer um estudante em Santiago a recuar no seu protesto em favor de educação gratuita e de qualidade.
Foto de Victor Ruiz Caballero/Reuters

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domingo, 19 de junho de 2011

A Revolução na Revolução





A Revolução Industrial guarda muitas características que são alvo dos estudos dos alunos e professores. Porém, a Revolução Social ocasionada pelas transformações econômicas e a nova organização do trabalho resultaram o surgimento de uma nova classe trabalhadora: Os operários.

A Revolução Industrial concentrou os trabalhadores em fábricas. O aspecto mais importante, que trouxe radical transformação no caráter do trabalho, foi esta separação: de um lado, capital e meios de produção (instalações, máquinas, matéria-prima); de outro, o trabalho. Os operários passaram a assalariados dos capitalistas (donos do capital).

A mecanização desqualificava o trabalho, o que tendia a reduzir o salário. Havia freqüentes paradas da produção, provocando desemprego. Nas novas condições, caíam os rendimentos, contribuindo para reduzir a média de vida.
Uns se entregavam ao alcoolismo. Outros se rebelavam contra as máquinas e as fábricas, destruídas em Lancaster (1769) e em Lancashire (1779). Proprietários e governo organizaram uma defesa militar para proteger as empresas.



Nasce o Sindicato

Havia mais organização entre os trabalhadores especializados, como os penteadores de lã. Inicialmente, eles se cotizavam para pagar o enterro de associados; a associação passou a ter caráter reivindicatório.


Assim surgiram as tradeunions, os sindicatos. Gradativamente, conquistaram a proibição do trabalho infantil, a limitação do trabalho feminino, o direito de greve.


sábado, 26 de março de 2011

21 de Março - Dia Internacional contra a Discriminação Racial

No dia 21 de março de 1960, na cidade de Joanesburgo, capital da África do Sul, 20 mil negros protestavam contra a lei do passe, que os obrigava a portar cartões de identificação, especificando os locais por onde eles podiam circular.

No bairro de Shaperville, os manifestantes se depararam com tropas do exército. Mesmo sendo uma manifestação pacífica, o exército atirou sobre a multidão, matando 69 pessoas e ferindo outras 186. Esta ação ficou conhecida como o Massacre de Shaperville. Em memória à tragédia, a ONU – Organização das Nações Unidas – instituiu 21 de março como o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial.

Para trabalharmos ações de combate a discriminação racial no Brasil, é preciso retomar a diáspora africana. Portanto, urge colocarmos em relevo datas simbólicas internacionais com datas brasileiras, contribuindo na recontagem histórica da participação dos africanos e indígenas no país.

Nesse sentido, para iniciar um diálogo sobre esse assunto, sugere-se assistir ao curta "Vista minha pele":



“Vista a Minha Pele” é uma divertida paródia da realidade brasileira. Serve de material básico para discussão sobre racismo e preconceito em sala-de-aula.

Nesta história invertida, os negros são a classe dominante e os brancos foram escravizados. Os países pobres são Alemanha e Inglaterra, enquanto os países ricos são, por exemplo, África do Sul e Moçambique. Maria é uma menina branca, pobre, que estuda num colégio particular graças à bolsa-de-estudo que tem pelo fatode sua mãe ser faxineira nesta escola. A maioria de seus colegas a hostilizam, por sua cor e por sua condição social, com exceção de sua amiga Luana, filha de um diplomata que, por ter morado em países pobres, possui uma visão mais abrangente da realidade.

Maria quer ser “Miss Festa Junina” da escola, mas isso requer um esforço enorme, que vai desde a superação do padrão de beleza imposto pela mídia, onde só o negro é valorizado, à resistência de seus pais, à aversão dos colegas e à dificuldade em vender os bilhetes para seus conhecidos, em sua maioria muito pobres. Maria tem em Luana uma forte aliada e as duas vão se envolver numa série de aventuras para alcançar seus objetivos. O centro da história não é o concurso, mas a disposição de Maria em enfrentar essa situação. Ao final ela descobre que, quanto mais confia em si mesma, mais capacidade terá de convencer outros de sua chance de vencer.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Santa Ceia e os Signos do Zodíaco


Reconstituição fiel da Última Ceia de Leonardo da Vinci, que foi utilizada por Emma Costet de Mascheville em seu livro Luz e Sombra (Ed. Teosófica)
Esse relato se baseia no livro de Emma Costet macheville

Temos no quadro da Santa Ceia os doze apóstolos, com a figura do Cristo Central, na pintura original o Cristo representa o ponto de equilíbrio , iluminado por 3 portas de luz, o Cristo representa a posição Equinocial. Segundo observações de Emma, a imagem representa as quatro estações, da direita para a esquerda: a primavera, o verão, depois Cristo, no Centro, que representa a posição do Equinócio Outonal e por fim o outono e o inverno. Podemos observas nas mãos do Cristo com a mão esquerda em sentido de doação e a direita de recolhimento., simbolizando a fase da primavera e do verão quando o sol doa sua luz e calor e no inverno e outono a luz do sol atenua. Isso também nos leva a pensar na forma imparcial da Divindade perante a natureza , que tem a função de doar e recolher. Também nos leva a crer o sistema complementar de cada signo, que um doa o outro recolhe e vice versa. Os doze signos é polaridade de energias opostas. A sombra é apenas ausência de luz, assim como o ódio é um amor ausente, o vicio é uma virtude em desenvolvimento. A astrologia trabalha com correspondências, complementação, não existe um signo superior, ou inferior, todos se complementam e carregam suas verdades. No fundo necessitamos encontrar a nossa estabilização. Dentro das correspondências astrológicas e os signos do zodíaco com o corpo humano encontramos : a cabeça corresponde a Áries; o pescoço corresponde a Touro; os braços e os pulmões correspondem a Gêmeos; o estômago, o esôfago e as glândulas mamárias correspondem a Câncer; o coração corresponde a Leão; os intestinos e o fígado correspondem a Virgem; os rins correspondem a Libra; os órgãos sexuais correspondem a Escorpião; os quadris e as coxas correspondem a Sagitário; os joelhos, os ossos e a pele correspondem a Capricórnio; as pernas e os tornozelos correspondem a Aquário, até os pés que correspondem a Peixes.

Na obra de Leonardo (1452 - 1519), chamada Cenacolo ou Última Ceia, que na verdade é um afresco, um mural pintado no refeitório do Convento de Santa Maria delle Grazie, que se encontra na cidade de Milão, na Itália, podemos verificar que os doze apóstolos estão simbolizando essas correspondências:
Simão com a “cabeça” para frente, sendo a parte física regida por Áries, Judas Tadeu com a luz no pescoço outra parte regida pelo signo de touro, o único signo que tem os pés expostos, Bartolomeu ,também parte regida pelo signo de peixes.

Mas esses detalhes já nos dá uma idéia que da Vinci fez esse quadro deixando seu conhecimento da astrologia( em uma época em que a inquisição era um fato), de maneira camuflada, mas muito inteligente.
Quando vemos em torno da figura do Cristo os signos em oposição, e no meio a Divindade, podemos concluir que as oposições que levam a sabedoria para a figura Central o Cristo, o ponto de equilíbrio, onde a posição sagrada está no caminho dos opostos.
“Na Natureza tudo é duplo, tudo tem pólos, tudo tem o seu oposto".Yin, yang, macho e femea, grosseiro e suave, doce e amargo , e assim vai...
Como se diz no yoga : "Quando a mente é perturbada por pensamentos impróprios, a constante ponderação sobre os opostos é o remédio".'

Copiado e editado do blog de Marilza Eches, um blog sério sobre astrologia. Clique!